Lisboa a azul e amarelo vista do espaço

A Agência Espacial Europeia presenteou-nos com uma imagem da capital de Portugal captada pelo satélite Sentinel-1A.

Foto
Área metropolitana de Lisboa captada pelo satélite Sentinel-1A a 8 de Outubro de 2014 ESA/Copérnico

A Agência Espacial Europeia (ESA) costuma divulgar no seu site imagens de satélite de paisagens um pouco por todo o mundo, desde rios e montanhas até cidades — e desta vez a escolhida foi Lisboa. O rio Tejo e o seu enorme estuário, a Ponte 25 de Abril e até a Ponte Vasco da Gama, mais esbatida, sobressaem na imagem, divulgada nesta sexta-feira.

Captada pelo satélite Sentinel-1A, lançado no espaço em Abril de 2014, a imagem de radar é preenchida por falsas cores, mais exactamente por tons azuis e amarelos, com alguns salpicos cor de laranja e encarnados. O Tejo surge no canto superior direito da imagem e, como descreve a ESA em comunicado, é o maior rio da Península Ibérica, estendendo-se ao longo de mais de mil quilómetros. “Na imagem podemos ver o final da viagem: o desaguar no Atlântico, em Lisboa.”

O estuário do Tejo aparece no centro da imagem: os lodaçais, salinas e canaviais do estuário, que é uma reserva natural, são a casa de diversas espécies de aves e, entre outros animais, da lontra europeia. Fora da zona de reserva natural, nota ainda a ESA, da qual Portugal é aliás um dos membros, é permitido pescar, apanhar marisco e cultivar os terrenos.

A cidade de Lisboa, a parte mais luminosa da imagem, sobressai em tons amarelos. E a ligar Lisboa e Almada, o traço alaranjado da Ponte 25 de Abril. Mais a leste, mesmo no centro da mancha azul escura que é o estuário do Tejo, lá está a Ponte Vasco da Gama, a maior da Europa continental, com 17,2 quilómetros de comprimento.

O satélite Sentinel-1A captou esta imagem da área metropolitana de Lisboa a 8 de Outubro de 2014. Este satélite faz parte do programa Copérnico — que terá ainda um segundo satélite, o Sentinel-2A, cujo lançamento está previsto para esta Primavera —, destina-se à monitorização ambiental e irá fornecer imagens do solo, dos oceanos e da atmosfera. O Copérnico veio dar continuidade às observações do satélite europeu Envisat, que deixou de funcionar em 2012, ao fim de dez anos de serviço, e os dados dos seus dois satélites, segundo a ESA, são fornecidos de forma gratuita e aberta.

 

 

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