Jovens reclusos vão ter formação artística

Começa em Fevereiro no Estabelecimento Prisional do Porto e depois chega aos de Santa Cruz do Bispo e ao de Vale do Sousa. Chama-se “Ecoar” e é um programa que quer dotar cerca de 160 jovens reclusos de competências na área das artes

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Nuno Ferreira Santos

Financiado pelo Programa Cidadania Activa da Fundação Calouste Gulbenkian, o “Ecoar” (Empregabilidade, Competências e Arte) é um programa que quer dotar jovens reclusos de estabelecimentos prisionais a Norte do país de competências na área das artes.

A implementação, prevista para Fevereiro deste ano, será feita pela estrutura artística Pele — Espaço de Contacto Social e Cultural, e chega primeiro ao Estabelecimento Prisional do Porto. Mais tarde, os dois complexos de Santa Cruz do Bispo e o de Vale do Sousa também acolherão a iniciativa. Ao todo, perto de 160 jovens reclusos, entre os 18 e 30 anos, vão beneficiar desta formação cultural.

Segundo Maria João Mota, coordenadora do projecto, em declarações à agência Lusa, “a ideia é que, através da participação em projectos artísticos promovidos por uma equipa pedagógica, sejam validadas algumas competências, as chamadas 'soft skills' [competências pessoais e sociais] que, depois, podem potenciar outros percursos para os jovens que estão em final de cumprimento de pena”.

Teatro, música, artes plásticas e fotografia serão as principais modalidades com que os jovens neste contexto lidarão, trazendo aos mesmos ferramentas que pretendem facilitar a reinserção social de cada um. O “Ecoar” será levado a cabo com a ajuda da Direção-Geral da Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) e da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto (FPCEUP).

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