PJ e Politécnico de Leiria criam pós-graduação em crime informático

Primeira edição destina-se a agentes e magistrados.

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Cibercrime tem um "crescimento exponencial" Mal Langsdon/Reuters

Com a cibercriminalidade em crescendo, a Escola da Polícia Judiciária e o Instituto Politécnico de Leiria criaram uma pós-graduação em combate ao crime com recurso a tecnologias de informação. A primeira edição, que já arrancou, destina-se exclusivamente a agentes da PJ e a magistrados do Ministério Público.

O curso, chamado pós-graduação em Informática de Segurança e Computação Forense, foi apresentado nesta sexta-feira, nas instalações da Escola da Polícia Judiciária, em Loures.

“A criminalidade informática tem tido um crescimento exponencial nos últimos anos”, notou o director nacional adjunto da PJ, Pedro do Carmo, na cerimónia de apresentação, lembrando que esta polícia já propôs ao Governo a criação a breve prazo de uma direcção nacional de combate à cibercriminalidade. A proposta, disse, foi bem acolhida pela tutela. “Com a criação dessa unidade, a PJ ficará ainda mais habilitada a investigar e prevenir” este tipo de crime, argumentou. À margem da apresentação, referiu que os meios de combate ao cibercrime da Judiciária “têm vindo a ser sucessivamente reforçados”.

A pós-graduação inclui disciplinas relacionadas com a prevenção de ataques informáticos a redes e sistemas, com o estudo de métodos e ferramentas usados para detectar uma intrusão e ainda com práticas de análise forense, que visam determinar as causas, consequências e autores de um ataque.

O coordenador do gabinete de cibercrime da Procuradoria Geral da República, Pedro Verdelho, frisou a importância deste tipo de competências na investigação criminal. “É um tema crucial na investigação criminal moderna. Muito em breve haverá sempre necessidade de tratar prova digital em tribunal”. Para além dos crimes de intrusões em redes informáticas, Verdelho deu o exemplo de situações de injúrias e difamação na Internet, de burlas e usurpações de identidade, e de negócios em que as mensagens de telemóveis e de email são essenciais para perceber o que ficou acordado entre as partes.

 

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