Os portugueses Beautify Junkyards nasceram e apresentaram-se enquanto revisita e releitura para ouvidos do século XXI do psicadelismo folk (e um par de tangentes) da década de 1960. O inglês Nick Garrie criou em 1969 uma pérola de folk psicadélica, muito delicada e deliciosamente cantada e orquestrada, chamada The Nightmare of JB Stanislas – completamente ignorado no seu tempo, ressurgiu quatro décadas depois. Em Portugal, tivemos o privilégio de o ver no primeiro Primavera Sound, no Porto.

Dois anos depois, vamos ser novamente bafejados pela sorte. Agradeçamos aos Beautify Junkyards, que se juntam a Garrie para as três datas da digressão Electric Eden: dia 11 de Dezembro serão os protagonistas de mais uma noite Teach Me Tiger, no Musicbox, em Lisboa; dia 12 estarão na Galeria Flores do Cabo, em Colares, Sintra; e dia 13 passam pelo Maus Hábitos, no Porto.

Os Beautify Junkyards, banda que emergiu dos Hipnótica, conheceram Garrie em Barcelona em 2012. Depois, enquanto gravavam as versões de Donovan, Mutantes, Kraftwerk ou Heron que ouvimos no homónimo álbum de estreia, foram mantendo o contacto. Nick Garrie esteve em Lisboa, ensaiou com a banda, discutiu a possibilidade de algumas colaborações e o resultado é este: os Beautify Junkyards a encontrarem-se com uma das suas inspirações.

A banda encontra-se neste momento a gravar o seu segundo álbum, que será composto na totalidade por originais. Quanto a Garrie, depois da reedição em CD de The Nightmare of JB Stanislas e da redescoberta via Primavera Sound, continuou a recuperar o tempo perdido. Tem feito digressões e concertos no Reino Unido, em França, em Espanha e nos Estados Unidos, na companhia de bandas como os Camera Obscura ou de músicos como o holandês Jacco Gardner, seu descendente enquanto sonhador psicadélico.