A bolsa de criação Isabel Alves Costa foi lançada esta quinta-feira, no Rivoli Teatro Municipal, no Porto, para apoiar um projecto artístico até 20000 euros, numa apresentação conjunta com o Festival de Marionetas do Porto e Comédias do Minho.

A bolsa de criação é uma iniciativa conjunta das três estruturas cujo historial está intrinsecamente ligado ao nome de Isabel Alves Costa, que fundou o Festival Internacional de Marionetas do Porto (FIMP) e dirigiu as Comédias do Minho e o Rivoli.

O director do FIMP, Igor Gandra, disse que para aquele festival a bolsa "é a concretização de um desejo" já existente, que procura ser "um gesto colectivo contra a desesperança", pelo que se mostrou "muito contente" por o FIMP ter estado na origem da bolsa, mas "ainda mais contente" por não estarem sozinhos.

A partir de 8 de Dezembro 

A bolsa de criação Isabel Alves Costa vai começar a receber propostas a 8 de Dezembro deste ano, dando-se a escolha dos finalistas até ao final do ano e seguindo-se a primeira fase de entrevistas em Janeiro, no Porto. A segunda fase dos finalistas deverá ser encerrada ainda em Janeiro, quando terão lugar as entrevistas no Vale do Minho, o que antecede a decisão final até 16 de Março.

Depois, o projecto vencedor terá o seu período de execução de Agosto a Dezembro, com residência no Porto e no Vale do Minho entre Agosto e Outubro e estreia nesse último mês, no âmbito do FIMP de 2015.

"As estruturas promotoras e o co-produtor estão a preparar um orçamento de participação que viabilize todo o projecto até 20.000 euros, o que não exclui projectos de dimensão menor", pode ler-se na brochura da bolsa, que elenca a participação das Comédias do Minho, do FIMP e do Teatro Municipal do Porto (Rivoli e Campo Alegre).

A candidatura deve conter uma "acção paralela em contexto pedagógico e/ou comunitário nos dois territórios de acção" e deve "considerar na proposta a disponibilidade para ensaios e conversas abertas com o público". Para o vereador da Cultura da Câmara Municipal do Porto, Paulo Cunha e Silva, a bolsa é uma homenagem a Alves Costa que, desta forma, "perdurará através de objectos artísticos" criados neste âmbito.

Igor Gandra acrescentou ainda que a intenção dos três parceiros é que a bolsa se possa manter, "assim haja condições". Por seu lado, João Pedro Vaz, das Comédias do Minho, fez questão de assinalar que, até à conferência de imprensa de quinta-feira, não entrava no Rivoli há sete anos, por promessa de que não o voltaria a fazer até que este espaço regressasse ao serviço público.