Gare do Oriente é uma das “mais espectaculares” do mundo

Empresa internacional especializada em informação sobre construção e arquitectura escolheu estações de comboios por todo o mundo. Mote: a "espectacularidade"

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Carlo Ciccarelli/FLICKR

A “arquitectura modernista” da Gare do Oriente, construída na capital portuguesa no âmbito da Exposição Mundial de 1998, foi considerada uma das “mais espectaculares do mundo” pela Emporis, empresa baseada em Hamburgo, Alemanha, que se dedica a fornecer informação e estudos sobre construção em todo o mundo. Mais ou menos subjectiva, o certo é que a selecção da empresa está a fazer o pleno mediático, com destaque em medias dos mais diversos países (incluindo gigantes globais como a CNN).

A lista divulgada recentemente integra dez estações que se tornaram “marcos arquitectónicos únicos” das cidades onde foram construídas, com “as suas coberturas pouco convencionais, cores brilhantes e formas extravagantes”, e dois edifícios ainda em construção que irão “estabelecer novos padrões na arquitectura das estações”.

Além da Gare do Oriente, o "ponto de confluência de toda a rede de transportes públicos que serve a zona oriental de Lisboa, articulando o metro, o comboio, autocarros e táxis" (como resume a CP), o top proposto pela Emporis inclui outra estação igualmente desenhada pelo arquitecto espanhol Santiago Calatrava: a Gare de Liège-Guillemins, na Bélgica — “um dos novos projectos mais marcantes”, graças ao “impressionante impacto causado pela gigantesca cobertura em arco que abrange toda a estação”. Em adenda ao "top 10" acrescenta-se ainda o impacto futuro de outro projecto com chancela Calatrava, o World Trade Center Transportation Hub, em Nova Iorque, cuja construção deverá estar concluída em 2015.

A selecção inclui várias “estações históricas” que foram renovadas de forma “elaborada e inusitada”, como a Gare de Estrasburgo, em França; a Kings Cross, na capital inglesa (que ganhou fama adicional graças à saga de Harry Potter); ou a Hundertwasser Bahnhof, em Uelzen, na Alemanha. E outras “que datam dos primórdios do turismo ferroviário”, mantendo “o estilo de tempos passados”, casos do Grand Central Terminal, em Nova Iorque, inaugurado em 1913, ou o Chhatrapati Shivaji, em Mumbai (Índia), construído em 1888 e património da Unesco desde 2004.

A central de Antuérpia (Bélgica), a estação central de Roterdão (Holanda), a Southern Cross em Melbourne (Austrália) e o centro intermodal de transporte regional de Anaheim (Estados Unidos), ainda em construção, completam a lista.

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