É um duelo que vai, certamente, repetir-se ao longo de toda a época 2014-15, mas o primeiro combate entre o Direito e o CDUL terminou com uma vitória merecida por parte dos “advogados”. No campo A do CAR Jamor, a formação de Monsanto foi sempre superior e conquistou pela segunda vez consecutiva a Supertaça, com um triunfo por 33-15.
À semelhança do que tinha acontecido no arranque da última temporada, o Direito venceu o primeiro troféu oficial da época, mas ao contrário do que tinha acontecido há um ano, desta vez o CDUL não conseguiu discutir o resultado até final.
A partida começou de forma morna, com algum equilíbrio e com um jogo confuso de ambos os lados, mas a partir do quarto de hora o Direito passou a mandar de forma clara. Aos 15’, num dos vários erros cometidos pelo CDUL nos alinhamentos, Vasco Fragoso Mendes mostrou a sagacidade habitual e após interceptar a bola só parou na linha de ensaio (7-0).
Quatro minutos depois, Gonçalo Malheiro recebeu um passe de Pedro Leal e, com todo o tempo do mundo, fez o que tanto gosta: pontapé de ressalto e 10-0. Pedro Cabral ainda reduziu pouco depois (10-3), mas Malheiro voltou a ter liberdade a mais e aos 25’ fez o segundo “drop”: 13-3.
Insatisfeito com a prestação da sua equipa, Damian Steele lançou Nathan Munro para tentar colocar ordem à formação “universitária”, mas estreia do australiano não surtiu os efeitos desejados. Aos 28’, um passe sublime de Manuel Vilela para Adérito Esteves terminou com o segundo ensaio do Direito e 20-3 no marcador.
Os jogadores do CDUL pareciam perdidos em campo e cometiam erros não forçados pouco habituais, mas no último minuto do primeiro tempo, um mau pontapé de recomeço na área de 22 metros por parte do Direito ofereceu aos campeões nacionais uma formação-ordenada e a jogada terminou com um ensaio de Tomás Noronha (20-10).
Os 10 pontos de diferença no marcador relançavam a partida para a segunda parte e aos 53’, uma excelente arrancada da Tomás Noronha desequilibrou a defesa do Direito e após um passe de Nuno Penha e Costa, Bernardo Canas fugiu a dois adversários e fez o segundo ensaio do CDUL: 20-15.
O jogo, no entanto, estava já a ser disputado num ritmo baixo e o Direito nunca perdeu o controlo da situação. Aos 72’, Malheiro, a meias com o poste, deu tranquilidade aos “advogados” (23-15) e a partida nos minutos seguintes descambou.
Aos 74’, Pedro Cabral viu um cartão amarelo depois de um desentendimento com Fragoso Mendes, na sequência da penalidade Malheiro somou mais três pontos (26-15) e com o vencedor encontrado surgiram picardias entre os jogadores que resultam em vermelhos para os dois capitães: Vasco Uva e Gonçalo Foro.
No último minuto, foi a fez de Munro ver um amarelo e com mais dois jogadores em campo (14 contra 12), o Direito fechou a partida com chave de ouro: João Travassos fez ensaio na ponta e com uma vitória por 33-15 os “advogados” festejaram pela décima vez a conquista da Supertaça.
