César Lacerda apresenta o “Porquê da Voz” na Casa da Música

Um dos novos cantautores do Brasil assume Lenine e Caetano, mas também Mayra e Zambujo, na sua lista de referências. Faz dia 16 de Julho a primeira parte do concerto de Emicida

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Eduardo Cantarino/DR

Lenine ouviu-o e escolheu-o. E ele, César Lacerda, voz e violão (ou voz e piano, ou voz e flauta ou voz e a “Superbanda", a formação que normalmente o acompanha) agradece-lhe a referência e a preferência. “Antes de poder dizer o que Lenine representa para mim do ponto de vista do mercado, é importante dizer que, afectivamente, Lenine mudou a minha vida. É uma figura de um coração tão grande, de uma posição artística tão maravilhosa, sempre disposto a ceder tudo, conhecimento, música, tudo. Isso muda completamente a vida de uma pessoa”.

Quando César Lacerda um dos novos cantautores brasileiros subir esta quarta-feira, dia 16 de Julho, ao palco da sala Suggia, no âmbito da programação "Verão na Casa", vai apresentar o seu primeiro álbum de originais, intitulado “Porquê da Voz”. E Porque da Voz, quando César nasceu literalmente numa escola de música e sabe tocar muitos instrumentos? “Porque a voz é o meu instrumento preferido. E o cantautor é uma espécie de pessoa que carrega um segredo capaz de comunicar com todos. Um segredo que é de todos, é compartilhável”, justifica.

Para além da grande referência que é Lenine, César Lacerda assume beber em muitas fontes a inspiração para o seu trabalho. Caetano Veloso, como referência central, e ainda Milton Nascimento, Gilberto Gil e Chico Buarque. Fora do espectro brasileiro, surgem ainda referência como Radiohead e Prince ou ainda Mayra Andrade e o muito português António Zambujo. “O quadro de referência de uma pessoa que, como eu, tem 27 anos, é diferente dos das gerações anteriores, que falavam rock, música portuguesa, etc. As pessoas da minha idade gostam todas de muita coisa, foram levadas a ouvir muita coisa com a ajuda da internet”.

César Lacerda vai estar em palco com dois músicos da sua “Superbanda”- Marcelo Conde, no contrabaixo e Guilherme Marques, no piano - e ainda dois músicos portugueses. O guitarrista Alexandre Bernardo e o baterista Rui Pereira. O autor vai fazer a primeira parte do concerto de um furacão brasileiro chamado Emicida.“Emicida e Criolo são dois nomes centrais no Brasil, que carregam toda uma tradição de uma música mais urbana, feita na periferia de São Paulo, e que fala de questões sociais muito importantes de uma maneira muito objectiva e clara”, descreve-o Lacerda.

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