A Piscina Grande

No Brasil-Chile e no Holanda-México fui recompensado no meu sistema de só ver os últimos 10 minutos de cada jogo. Os primeiros tempos, então, são quase sempre perdas de tempo. Nestes últimos dias tem sido possível fazer as famosas duplas da PG (Praia Grande): toma-se banho na Praia, com excitação e arroubo e depois, cansados e almoçados, vai-se à maravilhosa piscina do Hotel das Arribas, em plena Praia Grande, mas com água morninha e sem ondas, excepto as verdadeiras que explodem espectacularmente no muro marítimo.

É delicioso estar na piscina, civilizadamente a flutuar, olhando para os longes ali tão perto: o céu azul e a falésia da pata do dinossáurio. Para fazer contraste vai-se para a zona onde caem os pingos de furioso e frio Oceano Atlântico, gritando como crianças quando as ondas são grandes e a catarata é pesada, gelando-nos antes de darmos duas braçadas para voltar à água morna, igual à da Praia Grande e extraída ali perto, mas devidamente filtrada e limpa, sem remover as qualidades oceânicas.

Depois vamo-nos deitar à frente do muro que nos abriga da nortada e a temperatura sobe logo cinco ou seis graus. Em aquecendo de mais, pimba, volta-se para a piscina. É mais do que um círculo vicioso: facilmente se torna num modo de vida.
Chega-se a casa a tempo de ver a Holanda despachar o jogo e, como quase sempre acontece no futebol (para quem não aprecia) não se perdeu nada. Ganhou-se hora e meia de descanso. E juízo. E vida.<_o3a_p>

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