Segunda edição da Feira da Buzina está marcada para fim de Junho

Segunda edição da feira que permite vender o que quiser a partir da bagageira do carro muda de lugar, mas promete manter a qualidade.

A segunda edição da Feira da Buzina já tem data marcada: dia 29 de Junho no Arco do Cego, em Lisboa. A primeira edição, a 18 de Maio, recebeu 82 carros na doca de Alcântara e “apesar de ter sido dos primeiros dias de calor, esteve sempre com público”, diz a organização. A feira atraiu pessoas de vários tipos: de desempregados a tentarem ver-se livro da tralha, a quem trabalha por conta própria a vender artigos em segunda mão.

A feira onde se vende tudo a partir da bagageira do carro já tem as inscrições abertas na página do Facebook da organizadora Taiga.

Rita Pimentel Cabrito, fundadora da Twist, uma mistura entre um atelier e uma loja em segunda mão, decidiu ir à feira num descapotável antigo. Para vender levou artigos da sua loja, acessórios, peças de arte e de mobiliário. “Decidi participar porque o conceito me agradou e também para promover a minha loja, que abriu há pouco tempo”, revela. Apesar de considerar que a feira esteve algo vazia devido ao jogo do Benfica, adorou a experiência e diz que “faz sentido continuarem a fazer este evento”.

Denise Prino, por seu lado, já trabalhou em lojas em segunda mão e de artigos novos, mas está neste momento desempregada. A tralha na garagem, restos das lojas que abriu mas que fecharam, já estava a ocupar espaço. Decidiu então tentar vender de tudo um pouco, mas o que vendeu mais foram sapatos novos em folha. “Infelizmente as pessoas concentram-se mais nos artigos novos e não apreciam muito as coisas em segunda mão, mesmo que tenham qualidade. É pena que não haja mais feiras deste género em Portugal, nos países Anglo-Saxónicos este conceito é já muito popular e mesmo os mais ricos compram artigos em segunda mão”. Refere a atmosfera vibrante e “adoravelmente vintage”, com uma buzina antiga a “tocar de cinco em cinco minutos” e a mistura entre antiquário e loja antiga que se vivia.

Na feira foi vendido de tudo, de móveis a roupa e acessórios. Houve também um lounge e carrinhas de comida, incluindo a Santini, e música ao vivo.

Ana Pérez-Quiroga, artista com intermediação da WHO – agência de talentos criativos – marcou presença na primeira edição da Feira, vendendo os seus Instagrams de um projecto artístico que está a realizar, no qual integrou também a feira. Para a próxima edição será convidado Carpe Diem, uma plataforma das artes, que estará presente numa carrinha “pão de forma”.

A segunda edição já estava programada mas devido a problemas com o espaço foi adiada, sendo agora relocalizada para o Arco do Cego.

Texto editado por Ana Fernandes

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