Costa diz que os hotéis estão esgotados para final da Liga dos Campeões

Final da Liga dos Campeões coincide com o primeiro fim-de-semana do Rock in Rio.

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Entre os pontos a não perder em Lisboa, os vários miradouros CARLA ROSADO

O presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, disse nesta quinta-feira que os hotéis da cidade estão esgotados para o fim-de-semana da final da Liga dos Campeões de futebol, a 24 de Maio, no Estádio da Luz.

No entanto, António Costa, de visita a Madrid, que Lisboa está preparada para acolher todos os adeptos dos dois clubes madrilenos, Real Madrid e Atlético de Madrid.

"Lisboa tem tido muita experiência a organizar eventos internacionais. Este é mais um momento muito importante. Vai ser, aliás, um fim-de-semana muito intenso porque é também o primeiro fim-de-semana do Rock in Rio", disse António Costa em declarações a jornalistas portugueses em Madrid.

"Neste momento temos já as indicações da parte da hotelaria que está totalmente já lotada para este fim-de-semana. Isso é um grande sucesso", afirmou.

Costa considera "um pouco exagero" os comentários que se ouvem nos últimos dias em Madrid sobre o aumento dos preços dos hotéis em Lisboa para essas datas, afirmando que o facto de a ocupação estar ao máximo "é sinal de que a procura correspondeu à oferta que existe" na cidade.

"Naturalmente que é um momento muito importante e os preços variam. É assim em todas as cidades e em todos os momentos em que acontecem eventos desta natureza. Mas olhe, a verdade é que esgotou", afirmou.

O autarca falava a jornalistas portugueses na sede da autarquia em Madrid depois de ter “emprestado” a chave de Lisboa à homóloga madrilena, Ana Botella, em sinal de boas vindas aos adeptos e visitantes madrilenos que irão à final da Liga dos Campeões.

Tradicionalmente, a chave da cidade só se dá a chefes de Estado, pelo que, neste caso, é uma entrega temporária até 24 de Maio, data da final, no Estádio da Luz, em Lisboa.

Depois da autarquia, António Costa tinha encontros marcados com as direcções do Real de Madrid e do Atlético de Madrid, que decidiram fechar os encontros à imprensa.

António Costa convidou todos os madrilenos, mesmo os que não tenham entrada para o estádio, a que visitem a cidade, aproveitando as novas atracções da capital portuguesa.

Tanto em Lisboa como em Madrid vão ser colocados em vários pontos das cidades ecrãs gigantes, para que a final possa ser acompanhada.

No caso de Lisboa vai ser ainda colocada na praça do Comércio, a bandeira da cidade de Madrid, que hoje Ana Botella entregou a António Costa.

"De certeza que vai ir muito mais gente a Lisboa, além dos que vão ao estádio ou pernoitar, e que vão simplesmente festejar e partilhar a alegria desta festa do futebol. Por isso, vamos ter também ecrãs gigantes na via pública para quer os adeptos do Real quer os do Atlético possam partilhar connosco esta grande festa do futebol", disse.

O presidente da Câmara de Lisboa garantiu que está "tudo organizado" em temas como segurança, apoio de saúde e sanitário e estacionamento, com duas fan-zones e a presença em Lisboa de polícias espanhóis, tal como ocorreu durante o período da Páscoa.

"Vai correr tudo maravilhosamente", disse, afirmando que é importante que quer os adeptos madrilenos quer os das duas equipas que disputam a final feminina (Tyreso da Suécia e Wolfsburgo da Alemanha) "se sintam como se estivessem em sua casa".

"Por isso fiz questão de entregar, confiar a chave da cidade à alcaldesa até ao dia 24 e teremos as bandeiras das três cidades e dos clubes que vão estar a disputar as finais", considerou.

"Nós, os portugueses caracterizamo-nos por ser um povo particularmente hospitaleiro, gostamos de receber, gostamos muito de viajar, já corremos o mundo todo, como imigrantes e como colonizadores, mas nada nos tirou o gosto de receber e de receber bem", disse.

Considerando "um privilégio" receber a final da Liga dos Campeões, Costa disse que, o momento actual, em que Lisboa está entre os destinos mais mediáticos, é de maior responsabilidade porque exige continuar a "fazer melhorias, inovar" e encontrar "novos motivos de atracção para gerar novas experiências".

Isso é especialmente o caso, disse, para um mercado tão próximo como o espanhol, em que "se não houver novidades com alguma regularidade, quem vê três vezes os Jerónimos pode não querer ver um quarta".

Costa disse que Lisboa continua, por isso, a ter sempre "novos pontos de atracção, nova restauração, nova hotelaria" podendo beneficiar, agora que a economia europeia "tem uma nova dinâmica" de crescimentos adicionais em turismo.

 

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