"Música & Revolução" na Casa da Música a partir de 25 de Abril

Goran Bregovic, conhecido pela criação de bandas sonoras para vários filmes de Emir Kusturica, actua dia 1 de Maio

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O ciclo "Música & Revolução" regressa à Casa da Música, no Porto, a partir de 25 de Abril, assinalando os 40 anos de democracia em Portugal e o centenário da I Guerra Mundial, disse esta terça-feira o seu director artístico, António Jorge Pacheco.

Numa conferência de imprensa sobre o ciclo que se vai prolongar até dia 1 de Maio, António Jorge Pacheco lembrou que a "música, mais do que qualquer outra arte, esteve sempre ligada à guerra", exemplificando com as várias bandas sonoras cinematográficas que acompanharam marchas militares e com a utilização de Richard Wagner no filme "Apocalypse Now", de Francis Ford Coppola.

O ciclo com o subtema "Música e Conflito" inicia-se esta sexta-feira, dia 25 de Abril com o coro Casa da Música, a Orquestra Barroca (que se estreia neste âmbito) e a Sinfónica, que vão interpretar obras de Arnold Schönberg, Jean-Philippe Rameau, Jan Zelenka, Händel e Janácek.

Ao longo dos dias seguintes, os palcos da Casa da Música vão receber composições de autores tão diversos como Monteverdi, Fernando Lopes-Graça, Alban Berg, para além de uma estreia mundial de Georges Aperghis, que vai dirigir o Remix Ensemble no domingo, com o título "Le soldat inconnu", encomenda da Organização Europeia de Salas de Concerto (ECHO, no original).

No primeiro dia de Maio, o ciclo contempla a actuação de Goran Bregovic, conhecido pela criação de bandas sonoras para vários filmes de Emir Kusturica. No dia anterior, a Casa da Música recebe "Curado", um projecto desenvolvido pelo serviço educativo com a Associação dos Deficientes das Forças Armadas (ADFA) e alunos do Balleteatro.

O coordenador do serviço educativo e responsável pela direcção musical do projecto, Jorge Prendas, disse que a primeira ideia do director artístico da iniciativa, Tim Yealland, não era fazer uma abordagem à guerra do Ultramar, mas tal tornou-se "incontornável desde que se começou a trabalhar com a ADFA", gerando-se situações em que os próprios alunos do Balleteatro expuseram histórias de familiares que haviam participado no conflito.

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