Um jovem morto e cinco desaparecidos numa praia do Meco

Uma onda terá arrastado três homens e quatro mulheres na madrugada de domingo. Um jovem salvou-se com vida e o corpo de outro foi encontrado.

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Buscas continuam apenas em terra, devido à forte agitação marítima Miguel Manso
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Corpo foi localizado a 2300 metros da costa Miguel Manso
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Os seis jovens que foram arrastados por uma onda na praia do Meco terão entre 20 e 24 anos
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Os seis jovens que foram arrastados por uma onda na praia do Meco terão entre 20 e 24 anos Nuno Ferreira Santos (arquivo)

Sete jovens universitários, três homens e quatro mulheres, foram arrastados por uma onda numa praia no Meco (Setúbal) na madrugada deste domingo. Um dos jovens foi encontrado morto e o corpo foi resgatado, outro conseguiu sair do mar com vida e foi transportado para o hospital. Continuam desaparecidos um homem e quatros mulheres, de acordo com a informação dada pelo Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Setúbal.

O grupo de sete jovens, na casa dos 20 anos, estava na praia de Moinho de Baixo, no Meco, à beira do mar. O grupo estaria “na zona de rebentação quando foi arrastado”, disse ao PÚBLICO o comandante Carlos Manuel Lopes da Costa, capitão do Porto de Setúbal, da Autoridade Marítima Nacional, que está à frente das operações de resgate.

Um dos jovens conseguiu nadar e salvar-se sozinho e deu o alerta à 1h30, a partir do seu telemóvel, que estava dentro de uma bolsa. O homem foi transportado posteriormente para o Hospital Garcia de Orta, em Almada.

Às 6h00, as equipas resgataram o corpo de um outro jovem de sexo masculino que pertencia ao grupo, de acordo com o que o PÚBLICO apurou junto de Francisco Luís, Vereador da Protecção Civil da Câmara de Sesimbra. O corpo estava a 400 metros do local onde os jovens foram apanhados pela onda. “A ondulação estava e mantém-se forte na zona de rebentação”, disse o comandante. Os restantes cincos jovens, quatro mulheres e um homem, permanecem desaparecidos, têm entre 21 e 25 anos.

Os jovens eram na maioria da Universidade Lusófona de Lisboa, segundo o comandante Carlos Manuel Lopes da Costa. O grupo tinha alugado uma casa em Alfarim, uma aldeia próxima, para passar o fim-de-semana. À noite, os sete vieram a pé de Alfarim até à praia e estavam sentados à beira-mar quando foram arrastados pelas ondas.

“Temos sempre esperança de encontrar alguém vivo”, disse Carlos Manuel Lopes da Costa. As buscas estão a ser feitas numa área que se estende entre “uma milha a norte do acidente e duas a três milhas a sul”, disse o comandante. Tendo em conta o tempo que já se passou desde o acidente e as correntes marítimas do mar naquela região, o mais provável é que os jovens tenham sido levados para sul.

"Sabemos que o mar na praia do Meco é perigoso, que muitas vezes temos bandeira amarela e bandeira vermelha, mas é a primeira vez que há um acidente deste género", disse Augusto Pólvora, presidente da Câmara Municipal de Sesimbra, que se deslocou ao local, citado pela Lusa.

O jovem que foi para o hospital já teve alta e está com um psicólogo do INEM na casa de Alfarim a tentar entrar em contacto com os familiares dos desaparecidos. Na praia, o INEM montou uma tenda branca para receber os familiares, alguns já chegaram e estão a ser acompanhados por psicólogos do INEM.

No local está um helicóptero da Força Aérea, bombeiros de Sesimbra e uma viatura de emergência do INEM.


 
 
 

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