Sete anos e meio de prisão para assaltante de bancos conhecida como “viúva negra”

Mulher assaltou sozinha, disfarçada e com recurso a uma arma falsa 11 bancos na região da Grande Lisboa.

Foto
A arguida foi detida a 31 de Outubro de 2012, após um último assalto a uma dependência do Banif em Lisboa Catarina Oliveira Alves

Os juízes da 1.ª Vara Criminal de Lisboa condenaram nesta segunda-feira a sete anos e meio de prisão a mulher que ficou conhecida como “viúva negra” e que assaltou sozinha, disfarçada com roupa e óculos escuros e com recurso a uma arma falsa 11 bancos na região da Grande Lisboa.

Dulce Caroço, de 44 anos, estava acusada de 11 roubos e uma tentativa de roubo a dependências bancárias em Lisboa, Oeiras, Estoril, Paço de Arcos e Parede, entre Abril de 2011 e Outubro de 2012, tendo arrecadado cerca de 16 mil euros.

A juíza justificou a medida da pena com o facto de a arguida ter “agido de forma premeditada” e de “os assaltos terem sido feitos de forma operacionalmente bem executada”, apesar de ter reconhecido que não colocou em perigo a integridade física de ninguém uma vez que usava “uma arma de brinquedo”. A arguida não tinha antecedentes criminais.

Durante o julgamento, apenas uma das vítimas é que identificou, “sem dúvidas”, Dulce Caroço como sendo a autora do roubo. A arguida remeteu-se ao silêncio e nunca se pronunciou sobre os factos pelos quais está acusada.

A arguida foi surpreendida em flagrante delito a 31 de Outubro de 2012, após um último assalto a uma dependência do Banif, na Avenida da República, em Lisboa. Na ocasião, a mulher foi perseguida e manietada por funcionários bancários, que se aperceberam de que a arma, tapada com um pano, era falsa. Na altura da detenção, as autoridades apreenderam-lhe uma reprodução de arma de fogo, uma cabeleira postiça, dois pares de óculos de sol, uma mochila, um xaile e duas peças de roupa.
 

Sugerir correcção
Comentar