Um rapaz de 13 anos foi assassinado por sequestradores na cidade da Beira, em Moçambique. O desenlace aconteceu depois de a família ter revelado à polícia informações que recebera sobre o local onde seria pago o resgate que era exigido.

O adolescente foi morto no sábado, mas o caso só nesta terça-feira foi noticiado pelo jornal O País. Tinha sido raptado quando regressava da escola, na terça-feira da semana passada.

No dia seguinte, a família foi contactada pelos raptores, que confirmaram o sequestro e exigiram o pagamento de um milhão de dólares, equivalentes a cerca de 30 milhões de meticais em moeda moçambicana – perto de 730 mil euros. A família alegou não dispor desse valor e o montante exigido foi baixando até ser fixado em um milhão de meticais.

Chegou, entretanto, ao fim o primeiro julgamento por raptos, um fenómeno que Moçambique conhece já há alguns anos mas que tem vindo a aumentar  – em Maputo, só na semana passada ocorreram pelo menos cinco casos. O tribunal judicial da capital moçambicana condenou seis pessoas a 16 anos de cadeia, pelo rapto de sete moçambicanos. Dois arguidos foram ilibados.

A polícia anunciou, também nesta terça-feira, o desmantelamento no bairro da Machava, Maputo, de um esconderijo usado por raptores para sequestrarem vítimas. Na operação, que foi possível devido a denúncia de uma sequestrada que fugiu, foram detidos dois suspeitos, noticiou a agência AIM.