E o prémio para líder africano não foi entregue pela quarta vez

Há duas condições para se ser premiado: ter sido eleito democraticamente e sair do cargo no fim do mandato.

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Chissano recebeu o prémio em 2007 AFP

Pela quarta vez em cinco anos, o prémio Mo Ibrahim, destinado a um líder africano cuja governação democrática se tenha distinguido, não foi atribuído.

O prémio, no valor de cinco milhões de dólares, a ser entregue em parcelas ao longo de dez anos, destina-se a premiar líderes do continente africano eleitos democraticamente e que deixem o lugar para o qual foram eleitos no momento certo e pacificamente. Para o merecer, disse um elemento do comité que atribui o galardão, é preciso ter "excelência no exercício do mandato e uma liderança forte".

Desde 2007, ano de fundação do prémio Mo Ibrahim, três presidentes foram premiados: Pedro Verona Pires, de Cabo Verde (2011); Festus Mogae, do Botswana (2008); e Joaquim Chissano, de Moçambique (2007).

Mo Ibrahim, um empresário das telecomunicações do Sudão, criou o prémio na tentativa de incentivar os líderes africanos a deixarem os cargos voluntariamente no final dos seus mandatos.

Há quatro anos que os membros do comité não conseguem encontrar um líder que cumpra as duas condições para atribuírem o galardão, o que é considerado um indicador do estado da democracia no continente africano.

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