Seguro quer IRC em 12,5% para os primeiros 12500 euros de lucro

Campanha em Valença.

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O secretário-geral do PS insistiu nesta quinta-feira na sua proposta de baixar o IRC para 12,5 por cento nos primeiros 12500 euros de lucro, num discurso em que defendeu o apoio às empresas como uma das soluções para Portugal sair da crise.

António José Seguro falava perante centenas de pessoas num comício de apoio à candidatura do médico socialista Diogo Cabrita à presidência da Câmara de Valença.

Numa intervenção em que voltou a criticar o caminho de austeridade seguido pelo Governo, sobretudo em matéria de cortes das pensões da Caixa Geral de Aposentações, Seguro deixou uma mensagem "de esperança lúcida" no futuro do país.

O líder socialista considerou fundamental a acção do Estado social "num momento de crise como o actual" e apontou como aposta o crescimento económico, tendo em vista a criação de emprego.

Estando para hoje previsto o fim do período de discussão pública da reforma do IRC, o secretário-geral do PS salientou a sua proposta para permitir taxar menos os primeiros 12500 euros de lucros, alegando que essa medida auxiliará muitas pequenas e médias empresas.

Seguro defendeu também um alívio fiscal para a restauração ao nível do IVA, um regime mais adequado para o reinvestimento de lucros por parte das empresas e a possibilidade de empresários poderem recorrer à banca pública para receberem créditos que têm junto de instituições estatais.

Num concelho em que o PS perdeu por 250 votos há quatro anos a Câmara para o PSD, o candidato socialista em Valença fez um discurso em que condenou a ausência de pluralismo do jornal local, defendeu o desvio dos veículos pesados do centro do município e a promoção dos produtos locais (como o vinho verde), e terminou com um apelo contra o medo.

"Daqui a quatro anos, comigo a presidente da Câmara, quem não votar em mim não vai ter medo de se exibir contra mim", disse Diogo Cabrita.

António José Seguro pegou nesta parte do discurso de Diogo Cabrita e reforçou: "Esta é a segunda vez hoje [quinta-feira à noite] que se fala em medo".

"Também em Caminha, ao final da tarde, as pessoas gritaram liberdade, liberdade, liberdade", observou o líder socialista.

 

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