Rubbee: a tua bicicleta pode ser eléctrica em três tempos

Não é preciso comprares uma bicicleta nova, nem poluíres o ambiente para te poderes descolar sem esforço

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Já é possível transformar uma corriqueira bicicleta num veículo movido a electricidade – e em menos de um minuto. Após a rápida e fácil operação de montagem do Rubbee, a pedalada inicial, apenas, garantirá o início de uma viagem até 25 km, à velocidade máxima de 25km/h, assegura o jovem por de trás da invenção. Perfeita para as viagens rotineiras.

O impulso é transmitido através da fricção com a roda. Daí vem o nome, Rubbee. Inventado por Gediminas Nemanis, o utilizador tem a possibilidade de pedalar, ou não, sem ter que remover o aparelho, e este adapta-se a uma grande quantidade de bicicletas, incluindo as que possuem suspensão total. 

O Rubbee é destinado ao ciclista casual que não viu vantagens em subsituir a sua "analógica" por uma bicicleta eléctrica e que pensa que os kits de conversão existentes no mercado exigem demasiado para o efeito produzido (ou até nem sabem o que é isso de kit de conversão). Pretende ser a alternativa (recarregável em apenas duas horas) a outro meio de transporte mais poluente, sem que o utilizador fique cansado e suado. 

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E também a alternativa mais barata. Ora vejamos: que sirva de exemplo uma viagem Gaia-Porto de 8 kms. O valor inscrito no Orçamento de Estado 2013 no que diz respeito à compensação pela utilização de viatura própria em serviço (de outrem ou do Estado) é de 0,36 euros/km (entenda-se, então, este, como o custo médio por km percorrido no fim da vida útil de um veículo automóvel). Ora, calculando os 16km (ida e volta) do percurso em apreço, temos que 16km x 0,36 euros = 5,76 euros. Logo, a despesa de deslocação de automóvel, no nosso exemplo, de 5,76 euros por dia.

Comparemos agora com o Rubbee (mas admitimos que podes passar para o final do parágrafo, se as contas realmente não te interessarem). Este aparelho pode ser adquirido pelo valor de, aproximadamente, 867 euros (já com portes incluídos). Segundo as suas especificações, ficamos a saber que tem uma vida útil estimada de 2.000 viagens, o que podemos traduzir em 50.000 kms (2.000 x 25kms). Assim, o custo por km (do dispositivo) será de 0,0174 euros, sendo que, considerando também o custo de carregamento de 0,0169 euros (a ligação de um aparelho a uma tomada durante 2 horas por dia, a um custo de 0,1845 euros/KWh, para uma utilzação de 16 kms), temos um custo total por km (do dispositivo mais energia) percorrido de 0,193 euros. Logo, para os 16kms considerados e admitindo um preço médio de uma bicicleta nova de 650 euros e a mesma vida útil, 52 cêntimos por dia! Resultado: custo mensal utilizando automóvel – 172,80 euros; utilizando o Rubbee: 15,60 euros. Poupança: pelo menos 157,20 euros por mês.

A vantagem comparativa com uma bicicleta eléctrica, reside sobretudo no facto de se poder partilhar o aparelho com amigos e família e poder manter-se a bicicleta convencional, sempre que o desejamos. A desvantagem é que, em alguns casos, a autonomia e a velocidade máxima saem diminuídas.

Foi através da plataforma de "crowd-funding" "Kickstarter" que os quatro jovens (Gediminas Nemanis mais três outros a que entretanto se juntou) procuraram financiamento para puderem começar a produção em massa tendo atingido o seu objetivo há uns dias apenas. "Hooray!" escreveram na página de comentários.

Mas se falamos de benefícios para o orçamento familiar e especialmente para a saúde, estes não param de aumentar se considerarmos então usar apenas a bicicleta, sem a ajuda do Rubbee. Soluções ecológicas para todos.

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