CGTP protesta hoje em Belém pela realização de eleições

Várias associações vão juntar-se ao protesto.

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Manifestação junto ao Palácio de Belém em Janeiro de 2012 Daniel Rocha

A CGTP realiza hoje uma manifestação junto ao palácio de Belém, em Lisboa, para exigir ao Presidente da República que convoque eleições antecipadas.

“Entendemos que não pode continuar esta política. Não há alternativas com este Governo. Tem de haver demissão do Governo, dissolução da Assembleia da República e convocadas novas eleições”, afirmou à Lusa o membro da Comissão Executiva da Intersindical, Armando Farias.

No entender deste responsável, “o Governo está moribundo, mas o capital exige que se mantenha”. “É o capital que está a exigir [que o Governo se mantenha] para continuar a mesma política, nomeadamente, novos cortes nas funções sociais do Estado, aumento de impostos e cortes salariais”, referiu o representante da CGTP.

Ressalvou, neste sentido, que “as consequências desta política e a situação do país do ponto de vista da economia, as suas consequências no plano do défice, da dívida pública, da recessão e do desemprego, do empobrecimento, justificam esta concentração” em Belém.

Inicialmente, estava prevista uma concentração na Rua da Junqueira, junto à Cordoaria Nacional, pelas 15h00, seguida de um desfile até Belém, onde o secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, deveria intervir pelas 16h00. Entretanto, e devido aos alertas da Direção Geral de Saúde (DGS) e do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) a Intersindical optou por realizar “apenas a concentração” junto à residência de Cavaco Silva, às 15h00.

Associações juntam-se ao protesto

O movimento “Que se lixe a troika” e os Precários Inflexíveis são duas das associações que se vão juntar ao protesto da central sindical para pedir a demissão do Governo. Os Precários Inflexíveis convocaram também um protesto na Avenida dos Aliados, no Porto, pelas 17h00.

A Plataforma 15 de Outubro também deverá marcar presença no protesto de sábado junto ao Palácio de Belém, tendo em conta que esta organização está a promover diariamente protestos esta semana com o lema “continuar nas ruas até derrubar o Governo”.

Igualmente presentes no protesto estarão o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, e a coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins.

A decisão da CGTP para a realização da concentração, a menos de dez dias depois da última greve geral, foi tomada na passada terça-feira, depois de Pedro Passos Coelho ter anunciado que tenciona manter-se como primeiro-ministro, numa declaração ao país feita na sequência do pedido de demissão de Paulo Portas do cargo de ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros.

No mesmo dia, foi empossada no cargo de ministra das Finanças Maria Luís Albuquerque, em substituição de Vítor Gaspar, que pediu demissão na segunda-feira.
Desde então, o líder do PSD e o do CDS-PP têm mantido reuniões para ultrapassar a crise política.

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