Fenprof acusa ministro Poiares Maduro de “mentir”

Mário Nogueira garante que Governo não sugeriu nova data para exames de segunda-feira.

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Mário Nogueira na manifestação de sábado Miguel Manso

O secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, acusou neste domingo o ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional, Miguel Poiares Maduro, de “mentir”, quando afirmou que o Governo chegou a sugerir uma nova data para os exames de segunda-feira, e que só a falta compromisso por parte dos sindicatos inviabilizou essa solução.

Em declarações à TVI 24, Mário Nogueira adiantou que vai mesmo exigir uma cópia da gravação da reunião de sexta-feira (com os dirigentes sindicatos) que poderá provar que essa proposta não foi avançada. “As reuniões com o Ministério da Educação têm um gravador em cima da mesa onde é gravado tudo aquilo que se passa na reunião. É tudo gravado para que depois seja passado para acta", disse.

Poiares Maduro tinha assegurado no sábado à Lusa que, nessa reunião,  o Governo chegou a “sugerir a possibilidade de recalendarizar os exames, de marcar para novas datas, desde que houvesse um compromisso dos sindicatos no sentido que não fariam greve aos exames nessas outras datas”. Só que, segundo explicou,  “apesar de ter havido manifestações de abertura (em particular dos sindicatos da UGT) de não haver uma escalada de greves, não houve esse compromisso”.

Mário Nogueira insiste que o Governo podia ter adiado os exames de Português e de Latim do secundário para dia 20,  uma vez que “sabia que nem sequer havia tempo útil, ainda que alguém quisesse, para pôr um pré-aviso de greve”. Em todo o caso, frisou, a Fenprof nunca antecipou fazer greve noutra data, em caso de adiamento dos exames.

Também a Federação Nacional da Educação(FNE) sublinhou, em comunicado divulgado neste domingo, que “não é verdade que em algum momento se tivesse recusado a garantir que não marcaria greve para a data alternativa que viesse a ser definida pelo Governo” .

A FNE acrescenta que “assumiu com toda a clareza que, se o Governo alterasse a data de realização dos exames previstos para esse dia, não marcaria greve coincidente com a nova data, fosse ela qual fosse”.

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