Reunião do Conselho de Estado começou em Belém pelas 17h10

No jardim fronteiro ao palácio, em Lisboa, centenas de pessoas estavam em protesto. Concentração foi convocada pelo movimento Que Se Lixe a Troika.

A reunião do Conselho de Estado convocada pelo Presidente da República começou no Palácio de Belém pelas 17h10 desta segunda-feira. A única ausência entre os 19 conselheiros é o presidente do Governo Regional dos Açores, devido à comemoração do dia daquela região autónoma.

O primeiro a chegar à reunião, marcada para as 17h, foi o provedor de Justiça, Alfredo José de Sousa, pelas 16h30. Às 17h01, entrou o último conselheiro a chegar, o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho.

Do outro lado da Rua de Belém, num canto dos jardins em frente ao palácio, concentram-se algumas centenas de manifestantes, num protesto convocado pelo movimento Que Se Lixe a Troika, que apela ao Presidente que demita o Governo de modo a parar o período de austeridade vivido pelo país há cerca de dois anos, desde o início do programa de ajustamento.

Poucos minutos antes do início da reunião, havia praticamente tantos polícias como manifestantes, que empunhavam cartazes e faixas, assim como tachos e panelas para fazer barulho. O número de manifestantes foi crescendo para as centenas e o barulho também. Entre os manifestantes e o palácio, além de uma distância de quase 50 metros, há ainda um muro de grades e uma dúzia de carrinhas azuis do corpo de intervenção da PSP. Além de gritos e palavras de ordem, os manifestantes já entoaram também a canção Grândola, Vila Morena.

A reunião foi convocada oficialmente no passado dia 13 por Cavaco Silva com um único ponto na agenda: “Perspectivas da economia portuguesa no pós-troika, no quadro de uma união económica e monetária efectiva e aprofundada”.

Foi o próprio Presidente que anunciou ter enviado documentação diversa aos conselheiros para a preparação do encontro. O PÚBLICO apurou que se trata de documentos sobre a situação europeia e que estão disponíveis no site da Comissão Europeia.

“Considerei que era importante ouvir a reflexão dos conselheiros de Estado sobre matérias de relevância clara em Portugal à medida que se aproxima o fim do programa de assistência financeira, mas também para obter indicações para a posição portuguesa a ser defendida pelo Governo português no Conselho Europeu do mês de Junho [onde Cavaco também marcará presença]”, disse Cavaco Silva há dias, justificando a convocação da reunião – que fora anunciada dez dias antes da sua convocação oficial pelo conselheiro Luís Marques Mendes, no seu comentário semanal na SIC
 

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