Professores em Portugal demoram "34 anos ou mais" para receber salário máximo

Docentes portugueses entre os que mais tempo levam a atingir o topo da carreira no espaço europeu.

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Escolas com autonomia e TEIP abriram mais de sete mil concursos Luís Efigénio

Portugal é um dos países europeus onde os professores demoram “34 anos ou mais” para alcançar o salário máximo, segundo um relatório sobre as condições de trabalho dos docentes em 32 países divulgado nesta quarta-feira pela Comissão Europeia.

De acordo com a edição de 2013 do relatório, “na maioria dos países europeus, o número médio de anos que um professor deve completar para obter o salário legal máximo oscila entre 15 e 25 anos”.

No entanto, Portugal é um dos países — a par de Espanha, Hungria, Itália, Áustria e Roménia — onde os professores precisam de “34 anos ou mais para alcançar o salário máximo legal”, enquanto na Dinamarca, na Estónia e no Reino Unido um professor com dez anos de experiência profissional já pode estar na escala máxima em termos salariais.

Em Portugal, 68% dos professores tem contratos sem termo, a percentagem mais baixa e distante dos 95% registados na Dinamarca e em Malta. Cerca de 15% dos professores em Portugal têm contratos de trabalho com a duração de mais de um ano lectivo e 17% têm contratos de curto prazo.

A maioria dos cinco milhões de professores que existem na Europa estão contratualmente obrigados a trabalhar pelo menos 35 a 40 horas semanais e têm mais de 40 anos.

O relatório apresenta dados sobre 32 países (os 27 Estados-membros da União Europeia mais a Croácia, Islândia, Liechtenstein, Noruega e Turquia) e foi elaborado pela rede Eurydice para a Comissão Europeia. A rede Eurydice compila e difunde informação comparada sobre as políticas e os sistemas educativos europeus.

 

 

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