Não há vítimas, mas casas continuam em risco depois de deslize de terras em Guimarães

Terras de um talude que sustentava um loteamento deslizaram na terça-feira sobre circular na freguesia de Mesão Frio, perto da saída para Felgueiras.

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Ninguém arrisca previsões sobre o momento em que a circular reabrirá ao trânsito Nelson Garrido
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Ninguém arrisca previsões sobre o momento em que a circular reabrirá ao trânsito Nelson Garrido
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Deslizamento deixou os blocos de moradias quase sem sustentação Nelson Garrido
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Deslizamento deixou os blocos de moradias quase sem sustentação Nelson Garrido
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Deslizamento deixou os blocos de moradias quase sem sustentação Nelson Garrido
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Nelson Garrido
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A circular urbana que liga Guimarães a Fafe continua cortada pelas toneladas de terra que ao final da tarde de terça-feira deslizaram de uma encosta. Os trabalhos de remoção da terra que está a cortar o trânsito já recomeçaram.

Ao contrário do que estava inicialmente previsto, os trabalhos de remoção da terra foram suspensos por volta das 3h, depois de se perceber que não havia vítimas.

Mas os dois prédios que estão na encosta – que ficaram com os alicerces visíveis – ainda correm o risco de ruir. Segundo a Protecção Civil, esta manhã ainda houve alguns movimentos de terras, por isso ainda existe o risco de as habitações da encosta ruírem. Por causa disso, seis famílias tiveram de passar a noite fora das suas casas

Na terça-feira, o canal de televisão online GuimarãesTV chegou depressa ao local e conseguiu gravar o cenário poucos momentos após o acidente, com restos de terra ainda a deslizar.

 

Ao princípio da noite, os trabalhos de despistagem ainda estavam a dar os primeiros passos. Cerca das 20h chegaram ao local as retroescavadoras da Câmara de Guimarães e sete camiões, que começaram a movimentar as terras no talude inferior da estrada, junto à saída para Felgueiras. Era aí que se concentravam as primeiras operações de limpeza e socorro, para confirmar que não havia peões nem automóveis a circular por ali no momento do deslizamento de terras.

Testemunhas presentes no local na hora do acidente garantiam que não havia carros a circular nesta variante à EN 206, mas no local passa um via secundária, onde não havia ainda certezas de que não estivessem automóveis ou transeuntes. Era aí que se concentravam as primeiras operações de limpeza e socorro.

Esses trabalhos deverão durar “vários dias”, segundo fonte da Protecção Civil distrital. Do local é preciso retirar milhares de metros cúbicos de terra que deslizaram por mais de 80 metros, atingindo uma altura de cerca de sete metros. As três faixas de ambos os sentidos da circular de Guimarães foram completamente ocupadas por terras, obrigando ao desvio do trânsito pela antiga estrada nacional.

Apesar de as informações existentes apontarem para a inexistência de vítimas, entre os escombros era, porém, possível observar um automóvel. Esse veículo estava estacionado junto a um dos prédios existentes no talude superior junto à circular urbana e terá deslizado juntamente com as terras. Os dois edifícios aí existentes ficaram quase sem base de sustentação e estão em risco de ruína, o que obrigou as seis famílias que aí habitam – três em cada bloco – a passar a noite fora das suas casas.

Só nos próximos dias será feita a necessária avaliação das condições de segurança dos prédios. Os moradores foram todos identificados e estão a ser acompanhados pelos serviços de acção social da Câmara de Guimarães, que lhes disponibiliza alojamento, caso necessitem. No local estavam também técnicos da Protecção Civil Municipal, para avaliar as condições de seguranças das construções.

Esses edifícios de habitação, vivendas geminadas, foram construídos há poucos anos, numa zona de grande declive e a sua implantação obrigou à realização de um aterro. Foram precisamente essas terras que deslizaram para a circular urbana de Guimarães. O comandante distrital da Protecção Civil de Braga, Hercílio Campos, adiantava também que no local “existia uma linha de água”, o que, “combinado com as fortes chuvas dos últimos dias”, terá estado na origem do deslizamento.

Segundo Hercílio Campos, os trabalhos de remoção dos milhares de metros cúbicos de terra que deslizaram sobre a estrada poderão durar uma semana. Até porque, explicou, “enquanto houver humidade e as terras estiverem encharcadas terá que haver cuidado na remoção da terra que está na estrada de forma a não descalçar mais este talude e a não levar ao deslizamento de mais terras”. As previsões são de chuva para esta quarta-feira.

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