Tabak fez um hat-trick a Portugal na única vez que a selecção foi a Israel

O PÚBLICO falou com o avançado israelita que marcou três golos à selecção portuguesa num jogo de qualificação para o Mundial de 1982.

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Tabak ainda esteve uma temporada no futebol norte-americano DR

Ainda se lembra desse jogo, em 1981?

Claro que me lembro. Principalmente dos três golos, porque não é frequente marcar três golos num jogo internacional. A não ser que sejas Messi ou Ronaldo. Não havia muita gente no estádio, talvez umas 16 mil pessoas, porque o jogo não era importante para a selecção israelita. Já estávamos fora do Mundial 1982.

Como foi o dia seguinte?

Estava em todos os jornais, ainda a preto e branco. Mas nessa altura não havia tanta atenção para o futebol. Os jornais e a televisão nacional mostraram o jogo, mas era o último do apuramento e não deu a qualificação. Foi uma vitória amarga.

O hat-trick ajudou a sua carreira?

Não... Jogava no Maccabi Telavive e continuei lá. Não se pode dizer que tenha ajudado muito.

Há algum avançado na selecção actual com qualidades semelhantes às suas?

Acho que os jogadores hoje são melhores do que nós éramos. Não havia o nível de profissionalismo que há agora. E o jogo é mais rápido.

Vai ver o jogo desta sexta-feira?

Não. É muita gente, muito trânsito... Vou ver pela televisão.

Israel pode conseguir um bom resultado?

Temos bons jogadores, mas em comparação os portugueses são muito melhores. Temos de acreditar, dar o melhor e esperar que Portugal esteja num mau dia. Às vezes acontece... Espero que a selecção israelita tenha um bom dia, independentemente de quem jogar. Se as coisas começarem a correr bem, não interessa quem jogue.

É treinador do Ironi Ramat HaSharon e a época está a correr bem...

Sim, estamos no play-off dos primeiros lugares. Vamos tentar dar continuidade ao sonho. O clube tem atravessado alguns problemas financeiros, mas vamos tentar dar o nosso melhor.

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