Seguro rompe com o Governo

Líder do PS exige que Passos Coelho peça desculpa e assuma o seu falhanço.

António José Seguro assumiu na sexta-feira à noite que a sétima avaliação da troika marca a ruptura das relações do PS com o Governo, embora não tenha explicado de que forma esse corte se concretizará.

“Este anúncio desta avaliação marca definitivamente uma clara ruptura entre o Partido Socialista e o Governo, porque o PS não se revê nesta receita, que é uma receita de empobrecimento, que não resolve nenhum problema”, disse o secretário-geral socialista, na apresentação oficial da candidatura de Jorge Faria à presidência da Câmara do Entroncamento.

Considerando que Pedro Passos Coelho “não está à altura do momento e demonstra uma enorme impreparação”, Seguro exigiu que o primeiro-ministro peça desculpa e mude de políticas.

“O primeiro-ministro deve arrepiar caminho, deve pedir desculpa e assumir o seu falhanço”, disse o líder socialista, criticando as mais recentes palavras do chefe de Governo. “Acham admissível que um primeiro-ministro responda aos portugueses – quando é conhecido um novo aumento do desemprego, superior a um milhão de desempregados no nosso país, com 40% de desemprego jovem, com mais de mais um milhão de portugueses sem qualquer apoio social – que ele diga que isto não passa de previsões?”

Seguro exigiu ainda que o Governo altere a forma como tem lidado com as instituições europeias. “Não somos aqueles meninos bem comportados que vão à Europa de mão estendida, dizendo que tudo vai bem em Portugal e [pedindo] se nos podem ajudar alguma coisinha. Não. Temos dignidade”, argumentou Seguro, acusando o Governo de não ter “liderança e competência para defender” os interesses do país na Europa.

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