A Associação contra a Precariedade – Precários Inflexíveis (ACP-PI) revelou nesta terça-feira que, em Portugal, existem quase três milhões de desempregados ou precários.

A associação utilizou os dados do Instituto Nacional de Estatística para somar o número de desempregados, inactivos, empregados a recibos verdes, com subcontratos e contratos a prazo e concluiu que representam 54% da população activa. “Esse limiar foi ultrapassado com a chegada da troika a Portugal”, disse ao PÚBLICO João Camargo, membro da ACP-PI.

“Em média perdem-se 625 postos de trabalho por dia”, sustentou Camargo, acrescentando que “o quarto trimestre de 2012 revela um descontrolo total do mercado de trabalho”. João Camargo avisou que “mesmo os maus trabalhos estão a desparecer”, já que “antes desciam os contratos fixos em detrimento do trabalho precário, mas hoje todos estão a baixar”.

Os dados foram divulgados na tarde desta terça-feira, em frente à Assembleia da República, durante uma acção de apelo à manifestação do próximo sábado, que esperam vir a ser “uma resposta forte contra a troika e o Governo”.