Cinco euros para ti, cinco para fazeres alguém feliz

Organização para a Felicidade Global vai ter uma delegação em Portugal. Hoje, dia 27, há uma campanha de lançamento, em Lisboa e no Porto

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rkleine/Flickr

Dão-te duas notas de cinco euros, uma para gastares contigo, outra para gastares com outra pessoa. Qual das duas vais gostar mais de gastar?

 

Esta reflexão vai ser proposta pela Organização para a Felicidade Global (OFG), que vai abrir uma delegação em Portugal, no próximo dia 27.

 

Em Lisboa (Rua Augusta) e no Porto (Rua de Santa Catarina), os membros desta organização irão distribuir notas de cinco euros, duas por pessoa, e vão solicitar este pequeno exercício. O objectivo é que as pessoas partilhem as suas conclusões no site da OFG.

 

“Queremos transmitir a noção, já comprovada em vários estudos, de que aqueles que pensam mais nos outros têm tendência a estarem mais felizes”, explica, ao P3, João Magalhães, presidente da delegação portuguesa desta organização.

 

Segundo o dirigente desta organização, a intenção é “promover uma ideia de serviço aos outros, tanto nas relações pessoais como profissionais”.

 

A felicidade em Portugal

A OFG é uma organização sem fins lucrativos e tem como principal missão reduzir o sofrimento e aumentar a felicidade mundial.

 

Para Portugal, o plano de acção incide na educação da população para este tema. Ao mesmo tempo, há intenção de sensibilizar a classe política para a importância dos métodos de aferição e medição do bem-estar da população, a longo prazo, e da inclusão destes índices nas estatísticas oficiais.

 

“Não deve existir uma obsessão tão grande pelo crescimento e pelo PIB, também importa saber o que sentem as pessoas”, garante João Magalhães.

 

A delegação portuguesa da OFG pretende realizar campanhas em espaços públicos e já tem uma ideia acerca de uma votação: pretende que o público eleja a personalidade portuguesa que mais promoveu a felicidade, através das suas acções.

 

Na opinião de João Magalhães, os portugueses têm vantagens na procura da felicidade.

 

“Portugal foi dos primeiros países do mundo a abolir a pena de morte, somos um povo solidário e soubemos sempre manter contacto pacífico com outros povos. Também temos a nostalgia, a saudade e a melancolia, mas não devemos exagerar nestes sentimentos, temos um futuro promissor e optimista” afirma.

 

O “ranking”

O Relatório da Felicidade Global, que contém dados relativos ao período entre 2005 e 2011, coloca Portugal na 73.ª posição, num total de mais de 150 países.

 

A Dinamarca é apontada como o país onde existe mais felicidade. Seguem-se a Finlândia, a Noruega e a Holanda. O primeiro país não europeu é o Canadá (5.º lugar).

 

No fundo deste “ranking” encontram-se seis países africanos: Comoros, Burundi, Serra Leoa, República Centro-Africana, Benim e Togo.

 

Esta medição tem em conta parâmetros como, entre outros, os indicadores de saúde, a esperança média de vida, o rendimento, a percepção de liberdade, de coesão social ou de ausência de corrupção.

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