Passos trava candidatura de Marco António Costa a Gaia
O secretário de Estado diz ter sido sensível às preocupações do primeiro-ministro.
“Fui sensível às preocupações manifestadas pelo senhor primeiro-ministro, bem como aos apelos de várias personalidades do sector social e solidário”, disse à Lusa o também ex-vice-presidente da Câmara de Gaia, que muitos viam como possível sucessor de Menezes.
Marco António Costa assinalou ainda ter “subjugado” a sua “vontade pessoal ao sentido de responsabilidade nacional que se impõe no presente momento”.
A concelhia do PSD-Gaia anunciou hoje que Marco António Costa irá manter-se em funções governativas, enquanto secretário de Estado da Solidariedade Social, pelo que não irá candidatar-se para as autárquicas de 2013.
A decisão surgiu depois de uma reunião, em Lisboa, entre o presidente do PSD-Gaia (Luís Filipe Menezes), Marco António Costa e o vice-presidente do PSD Jorge Moreira da Silva, que contou com a presença de Pedro Passos Coelho.
Muito se especulou sobre o possível regresso a Gaia de Marco António Costa, com o presidente da autarquia, Luís Filipe Menezes, a afirmar várias vezes que seria o candidato “ideal para a actual maioria”.
Enquanto líder da concelhia do PSD de Gaia, Menezes terá agora de encontrar um novo protagonista para encabeçar a lista das autárquicas de Outubro.
A impossibilidade legal de Menezes se recandidatar a Gaia irá deixar um vazio na câmara até à escolha do novo candidato do PSD.
Para já, apenas o socialista Eduardo Vítor apresentou candidatura, mantendo-se dúvidas sobre a lista social-democrata.
Entretanto, o presidente da Câmara e da concelhia do PSD de Gaia, Luís Filipe Menezes, assinalou que a decisão de Marco António Costa não teve “qualquer interferência” do primeiro-ministro, sendo da “exclusiva responsabilidade” do secretário de Estado.
“É uma decisão respeitável, compreensível mas da exclusiva responsabilidade de Marco António Costa”, afirmou Menezes à Lusa.
O autarca quis ainda “clarificar” o comunicado enviado pela concelhia do PSD/Gaia, à qual preside, salientando que “não há qualquer interferência”, nomeadamente “do primeiro-ministro” ou dele próprio.