Região Norte abre dez fortalezas da costa a turistas

Os monumentos ficam a cargo de diversas entidades, que determinam o tipo de visitas.

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O Forte S.João Baptista, no Porto, está entre os monumentos abertos ao público Paulo Ricca

 

“Pretendemos proporcionar uma visita aliciante ao território, dedicada à temática do mar, proporcionando actividades que conciliam, de forma harmoniosa, as potencialidades e a riqueza dos diferentes recursos turísticos”, resumiu ao PÚBLICO Melchior Moreira, o presidente da Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP).

Entre os locais que passam a estar acessíveis aos visitantes encontram-se fortes como o da Ínsua, no Moledo, ou da Lagarteira, na Vila Praia de Âncora, ou fortalezas como a de Santiago da Barra (Viana do Castelo) e a de São João Baptista (Porto). As modalidades e horários de visita variam conforme o monumento, já que, como esclarece Melchior Moreira, estão sob a gestão de diferentes entidades, que determinam quais estarão “permanentemente abertos ao público” e quais “carecem de autorização e de marcação prévia”.  

Segundo o responsável doTPNP, o papel do organismo consistiu em “organizar e estruturar a informação e a oferta turística, de forma a aumentar a notoriedade do destino turístico”. O resultado é uma brochura, de 46 páginas, já disponível em toda a rede interactiva de lojas e postos de turismo, nas fortalezas visitáveis ou no aeroporto Francisco Sá Carneiro.

Para além da informação sobre os fortes e fortalezas que abrem agora ao público, o documento inclui informações úteis para os turistas sobre outras atracções da região – entre outros dados, registam-se pontos de interesse; resume-se a paisagem, fauna e flora; destacam-se praias, eventos, desportos ou a gastronomia. O objectivo da brochura é contextualizar geograficamente os monumentos: “Procuramos proporcionar o aprofundamento e o conhecimento da sua história, enaltecer o seu valor cultural, valorizar e divulgar o conjunto da nossa oferta”, referiu Moreira.

O conjunto destas “Fortalezas da Costa Norte de Portugal”, com estruturas erigidas ou alvo de alterações significativas entre os séculos XIII e XVIII, completa-se com as fortalezas de Caminha, Nossa Senhora da Conceição (Póvoa de Varzim) e Nossa Senhora das Neves (Matosinhos); e os fortes deSão João Baptista (Vila do Conde), de Esposende e de São Francisco Xavier (Porto).

Todos eles, exemplos de monumentos “muitíssimo importantes do ponto de vista patrimonial”, conforme disse ao PÚBLICO Alexandre Alves Costa. O arquitecto e historiador salienta que estas construções foram “um veículo para a entrada de tendências da arquitectura contemporânea e internacional em Portugal”, nomeadamente “a nível de construções, técnicas ou desenho”.

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