Há menos de uma semana, o FC Porto permanecia invicto nesta temporada. Mas esta terça-feira, perante o Paris Saint-Germain, em França, somou a segunda derrota consecutiva (2-1). Este desaire, ao contrário do sofrido com o Sporting de Braga, não invalida a continuidade da equipa na prova em questão, mas também tem consequências. O clube parisiense roubou a liderança do Grupo A ao campeão português, que participará no sorteio dos oitavos-de-final da Liga dos Campeões como integrante do lote dos segundos classificados.

O FC Porto terminou a fase de grupos com 16,6 milhões de euros assegurados (8,6 milhões como prémio de participação, 4,5 milhões pelos resultados obtidos e mais 3,5 milhões pelo apuramento para a fase seguinte) e conhecendo já cinco dos seus possíveis sete adversários nos oitavos-de-final: Borussia Dortmund, Málaga, Barcelona, Manchester United e Schalke 04, os vencedores de grupos já definidos

Nunca nenhuma equipa portuguesa conseguiu bater o PSG no Parque dos Príncipes e, na realidade, a equipa gaulesa foi melhor do que o FC Porto. Apesar de o conjunto de Vítor Pereira ter conseguido equilibrar o jogo em vários momentos, o PSG foi a equipa que criou mais lances de perigo. Ainda assim, o empate de que os “dragões” precisavam para segurar o primeiro lugar que possuíam desde a 2.ª jornada só não foi conseguido, porque Helton deu uma grande ajuda ao PSG, ao ser muito mal batido no golo que desempatou definitivamente o marcador.

Depois das mudanças de Braga, Vítor Pereira regressou ao seu “onze” habitual. Alterações houve do lado do vice-campeão francês, especialmente a nível táctico. Pressionado pelo maus resultados no campeonato, Carlo Ancelotti optou por um 4x4x2 muito ofensivo, com os argentinos Javier Pastore e Ezequiel Lavezzi a oferecerem apoio muito próximo a Jérémy Ménez e a Zlatan Ibrahimovic.

A estratégia resultou, até porque Clément Chantôme e Blaise Matuidi chegaram muitas vezes para as encomendas no meio-campo. O PSG entrou melhor e assustou o FC Porto logo aos 2’, quando Pastore serviu Ibrahimovic.

Apesar dos nove cantos que teve na primeira metade (contra dois do FC Porto), o PSG inaugurou o marcador num livre indirecto com sotaque brasileiro: Maxwell cruzou e Thiago Silva, antigo jogador portista, cabeceou com êxito. Mas então surgiu o melhor momento dos “dragões” no primeiro período: Jackson Martínez empatou depois de uma assistência de Danilo. Foi o 13.º golo do colombiano esta época.

Mas o FC Porto voltou a deixar que a formação de Ancelotti saísse mais forte do balneário. Assistido por Pastore, Ménez não conseguiu bater Helton, mas o guarda-redes esteve bem pior alguns minutos depois: aos 61’, Lavezzi rematou, mas foi praticamente o brasileiro que colocou a bola dentro da baliza. A 20 minutos do fim, os “azuis e brancos” desperdiçaram a sua grande hipótese de empatar: Sirigu saiu bem aos pés de Jackson e, no seguimento, Lucho atirou por cima. E Otamendi, já nos descontos, atirou ao lado.