Tematicamente, não andamos muito longe do "Casamento de Rachel" de Jonathan Demme nesta história de uma reunião familiar para um casamento que explode em recriminações e remorsos. E até há um par de cenas nesta sua primeira realização onde Sam (filho de Barry) Levinson mostra que é capaz de ter jeito para qualquer coisa; são quase sempre momentos silenciosos, íntimos, entre dois actores, onde acerta no tom simultaneamente ácido e desconsolado que procura ao longo de todo o filme. Mas são muito poucos, dramaticamente poucos, e insuficientes para justificar duas horas de um teatro histérico da crueldade e da humilhação que leva aos extremos da caricatura o conceito de família disfuncional e desperdiça um elenco de absoluto luxo num insuportável jogo de massacre. Mais um Dia Feliz torna-se muito rapidamente numa provação embaraçosa: Levinson nunca consegue dar uma resposta à pergunta “quem no seu perfeito juízo quereria perder tempo com esta família?”.
Gerir notificações
Estes são os autores e tópicos que escolheu seguir. Pode activar ou desactivar as notificações.
Gerir notificações
Receba notificações quando publicamos um texto deste autor ou sobre os temas deste artigo.
Estes são os autores e tópicos que escolheu seguir. Pode activar ou desactivar as notificações.
Notificações bloqueadas
Para permitir notificações, siga as instruções: