Sp. Braga volta a saber o que é vencer em sua casa

Foto
Hugo Viana fez de cabeça o terceiro golo Foto: AFP

O jogo deste sábado, em Braga, foi de desacertos. O Sporting de Braga, com muitas poupanças na equipa principal a pensar na Liga dos Campeões, foi macio na zona central e deu facilidades ao adversário. O Gil Vicente entrou no jogo a medo e não foi capaz de explorar as debilidades contrárias. Mas o mais equivocado da noite foi mesmo o árbitro Rui Silva, que nunca acertou nos critérios técnico e disciplinar e acabou por marcar uma grande penalidade forçada com que a equipa da casa abriu o caminho do triunfo (3-1).

O jogo estava empatado a uma bola quando, aos 63 minutos, o juiz apontou para a marca de grande penalidade. O avançado do Sp. Braga, Zé Luís, lutava com os defesas contrários num lance aparentemente normal, mas Rui Silva considerou que o encosto de Halisson foi faltoso. Minutos antes do lance que decidiu o jogo, o árbitro tinha voltado a ter uma decisão duvidosa na grande área, considerando que Rúben Micael forçou a queda numa jogada em que tinha fintado três adversários. Parecia falta, mas Rui Silva mostrou cartão amarelo ao médio português.

Polémica à parte, na conversão do penálti assinalado sobre Zé Luís, Alan não perdoou a fez o golo que voltava a pôr a equipa em vantagem. Aos 88 minutos, Hugo Viana, servido por Rúben Amorim, confirmaria de cabeça o triunfo bracarense e garantiu os três pontos à formação orientada por José Peseiro.

O Sp. Braga regressa assim aos triunfos em casa depois dos empates com Olhanense e Leixões (em jogo para a Taça de Portugal resolvido no prolongamento), interrompendo a má série de resultados perante o seu público.

Mas as coisas chegaram a parecer difíceis para a equipa bracarense, que aos 10 minutos da segunda parte tinha visto Yero marcar para o Gil Vicente. O avançado senegalês respondeu com acerto à solicitação de André Cunha, concluindo uma jogada que começa numa perda de bola do meio-campo adversário. Foi nessa zona do terreno que estiveram as maiores dificuldades do Sp. Braga, com muitos passes errados e pouca agressividade.

Mesmo sem jogar bem, os bracarenses tinham-se adiantado no marcador durante o primeiro tempo, através de Zé Luís. O avançado jogou no lugar do habitual titular Éder e correspondeu com um golo. Frente à sua antiga equipa, o cabo-verdiano aproveitou um excelente passe de Mossoró para as costas da defesa e, depois de contornar o guarda-redes Adriano, atirou para o fundo da baliza.

POSITIVOZé Luís e Yero

Os pontas-de-lança foram os mais eficazes num jogo de poucas oportunidades. O homem do Braga mostrou que é fiável quando Éder precisa de descansar. Saído do banco, o avançado do Gil Vicente marcou na única oportunidade que teve.


NEGATIVORui Silva

Não foi um jogo difícil, mas o árbitro complicou-o: parou o jogo demasiadas vezes, não acertou no critério disciplinar e parece ter ajuizado mal no lance da grande penalidade assinalada. Minutos antes, errou ao não assinalar uma carga dentro da área sobre Micael.


FICHA DE JOGO

Sp. Braga, 3


Gil Vicente, 1


Jogo no Estádio Axa, em BragaCerca de 10.000 espectadores

Sp. Braga

Beto, Baiano, Douglão, Nuno André Coelho, Elderson, Custódio, Hugo Viana, Mossoró (Rúben Micael, 54’), Alan, Hélder Barbosa (Rúben Amorim, 54’) e Zé Luís (Éder, 86’). Treinador José Peseiro.


Gil Vicente

Adriano Facchini, Paulo Arantes (Yero, 40’), Halisson, Cláudio, Luciano Amaral, Luís Manuel (Pedro Pereira, 79’), Éder, Pio, César Peixoto, Luís Carlos (Djalma, 72’) e André Cunha. Treinador Paulo Alves.


Árbitro

Rui Silva, Vila Real.

Amarelos

Custódio (25’), Luís Carlos (28’), César Peixoto (57’), Rúben Micael (61’), Halisson (63’), Yero (76’), Baiano (83’)

Golos

1-0, por Zé Luís, aos 17’; 1-1, por Yero, aos 55'; 2-1, por Alan, aos 64’ (g.p.); 3-1, por Hugo Viana, aos 88’.

Notícia actualizada às 20h55
Sugerir correcção
Comentar