"Solo", de Mariana Gaivão, recebe prémio no Canadá

O Lobo de Prata, atribuído à melhor curta-metragem, é de Mariana Gaivão com o filme "Solo". Jovem cineasta portuguesa foi premiada no Festival Internacional de Cinema Novo de Montreal e o seu primeiro filme está pré-seleccionado para os Óscares

“Solo” está em fase de pré-selecção para o Óscar de Melhor Curta-Metragem DR
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“Solo” está em fase de pré-selecção para o Óscar de Melhor Curta-Metragem DR
Mariana Gaivão inspirou-se na história no olhar de uma bombeira desconhecida DR
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Mariana Gaivão inspirou-se na história no olhar de uma bombeira desconhecida DR

A realizadora portuguesa Mariana Gaivão, vencedora de um prémio no Festival Internacional do Cinema Novo de Montreal, no Canadá, afirmou à agência Lusa que a distinção é “um forte incentivo a continuar a filmar”.

A cineasta lisboeta obteve, no passado sábado, o Lobo de Prata, atribuído à melhor curta-metragem da selecção internacional do certame canadiano, com o primeiro filme, “Solo”.

“Este prémio é para mim um reconhecimento muito importante e um forte incentivo a continuar a filmar, especialmente quando nunca foi tão difícil fazê-lo”, disse Mariana Gaivão, entretanto regressada a Portugal.

O galardão atribuído a Mariana Gaivão, que lhe permitiu arrecadar ainda 5.000 dólares canadianos (cerca de 3.800 euros), constitui um dos principais prémios entregues no final daquele festival canadiano, a par da “Loba d’Ouro”, concedida à melhor longa metragem internacional em competição.

Na edição deste ano, a Loba d’Ouro foi para “Aqui y alla”, uma coprodução norte-americana e espanhola, assinada pelo cineasta espanhol Antonio Méndez Esparza.

Mariana Gaivão adiantou ter igualmente recebido “carta branca” para uma curta-metragem de tema livre a apresentar no próximo ano no mesmo festival, projecto que agora se junta a dois outros trabalhos em que está já a trabalhar.

Numa produção de “O Som e a Fúria”, “Solo”, em fase de pré-selecção para o Óscar de Melhor Curta-Metragem do ano, foi apresentado e esteve este ano em competição no Festival de Curtas Metragens de Vila do Conde e na Internacional em Split, na Croácia, seguindo agora para outros festivais internacionais.

Segundo a realizadora, “Solo” nasceu do “encontro entre duas impressões viscerais. A primeira, o olhar de uma bombeira desconhecida que fotografei. Havia algo nela algo de primal e digno. A outra impressão é a Natureza da minha infância, os longos verões em Góis [Coimbra]”.

Além desta película, estiveram presentes nesta mostra em representação de Portugal “A última vez que vi Macau”, de João Pedro Rodrigues e João Rui Guerra Da Mata, exibido numa sessão especial, “Tabu”, de Miguel Gomes, assim como as curtas-metragens “As Ondas” de Miguel Fonseca, e “Signs Of Stillness Out Of Meaningless Things”, dirigido por Sandro Aguilar.

Em 2013, o Festival Internacional do Cinema Novo de Montreal decorrerá entre 9 e 20 de Outubro.