Cinco soldados australianos mortos em 24 horas no Afeganistão

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Julia Gillard Marty Melville/AFP

As forças australianas integradas na missão internacional no Afeganistão viveram nas últimas 24 horas as piores perdas em combate com a morte de cinco soldados, o que forçou a primeira-ministra, Julia Gillard, a regressar antecipadamente a Camberra interrompendo a sua participação numa cimeira de líderes do Pacífico.

Três dos militares foram mortos ontem num ataque numa base na província de Uruzgan, perpetrado por um soldado renegado afegão (o que fez aumentar já para 45 as baixas entre as forças da coligação internacional em incidentes similares este ano, 15 delas só em Agosto) e os outros dois esta manhã na queda de um helicóptero na província de Helmand, também no sul do Afeganistão.

“Estas notícias são de tal forma chocantes que vão ser sentidas por muitos australianos como um golpe físico”, afirmou Gilliard, ainda antes de deixar as ilhas Cook.

Estas cinco mortes em 24 horas constituem para a Austrália a mais grave perda de soldados em combate desde a sua participação na guerra do Vietname. Um total de 38 tropas australianas morreram desde o início da guerra no Afeganistão, em 2001.

Sondagens na Austrália dão conta que uma esmagadora maioria dos australianos querem a retirada imediata dos seus soldados do Afeganistão, mas a primeira-ministra já deixou claro que o país não vai abandonar as forças da coligação antes do prazo determinado para o final de 2014. “Estamos lá com um propósito e vamos levá-lo até ao fim”, repetiu esta manhã.

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