Em 1996 James Patterson abandonou a profissão de psicólogo e passou a ficcioná-la nos seus livros com o seu “alter-ego” Alex Cross e até agora não se está a sair nada mal. Pelo segundo ano consecutivo ocupa o primeiro lugar da lista da revista "Forbes", para os escritores que mais lucraram, com 74,6 milhões de euros, só no ano passado.

Stephen King afirmou uma vez que James Patterson era um escritor “terrível” e que os seus livros eram “nonsense”. O certo é que apesar das críticas, Patterson tornou-se um sucesso estrondoso. Durante o ano passado, o criador da série de livros que dá vida ao muito badalado psicólogo americano Alex Cross, ganhou 74.6 milhões de euros. Isto tornou-o, segundo a lista da "Forbes" divulgada esta semana, no homem mais bem pago para publicar livros.

Nesta lista quem ocupa justamente o segundo lugar é Stephen King. Apesar de ser aclamado como “rei da ficção científica” e desde os anos 70 fazer parte das estantes da maioria das livrarias mundiais, na realidade ficou 31 milhões de euros atrás de Patterson.

Esquecendo as críticas, é inegável o fôlego de escrita de Patterson. Já tinha ocupado o primeiro lugar desta lista no ano passado, contudo ele não parece estar a abrandar, ou pronto para largar este lugar. Só em 2011, publicou 14 livros, mais do que os meses do ano.

Uma das características que o distingue de outros membros da lista é que a esmagadora maioria das receitas provêm exclusivamente das vendas de livros, ao contrário do caso de George R.R. Martin, autor da série medieval e épica Guerra dos Tronos que ocupa a 12ª posição desta lista, com o mesmo número de milhões de euros.

O terceiro lugar é ocupado pela Janet Evanovich, criadora de uma série de policiais protagonizados por Stephanie Plum, arrecadando quase 27 milhões de euros. Para além da sua classificação na lista, a Forbes também destacou que é rara uma presença feminina nesta lista, realçando a qualidade da escritora.

Ainda na lista, mas com muito caminho a percorrer, está E.L.James, a autora de “50 Shades of Grey”, que relembrou ao mundo que é possível erotizar o ambiente empresarial com um pouco de “dor” e “sadomasoquismo.” “Provavelmente no próximo ano consegue chegar ao topo da lista”, é uma das afirmações que se podem ler no comunicado da "Forbes".

Os dados da lista "Forbes" são baseados nos dados de vendas da companhia Nielsen BookScan e da consulta com os editores, agentes e os próprios autores.