FC Porto aguarda que Procuradoria investigue discurso do presidente do Benfica

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Distúrbios no final do jogo no Dragão Foto: Fernando Veludo/nFactos

O FC Porto aguarda que a Procuradoria-Geral da República investigue o “ataque à honra e à imparcialidade dos juízes e da Polícia”, segundo comunicado difundido no seu sítio oficial na Internet, referindo-se a palavras do presidente do Benfica.

Na sequência do discurso, quinta-feira, de Luís Filipe Vieira, os “dragões” expressam, num texto a que apelidam de “leitor” o líder benfiquista, o seu repúdio pelo que consideram ser o “mais forte apelo à violência no desporto de que há memória em Portugal”.

“Um ladrão não deixa de ser ladrão por declamar poesia! Um ladrão não deixa de ser ladrão por ir ao Papa! Um fugitivo da justiça não o deixa de ser apenas porque alguns juízes decidiram assobiar para o lado!”, disse Luís Filipe Vieira no discurso da cerimónia que recebeu quinta-feira na Luz os campeões nacionais de basquetebol.

O Benfica sagrou-se quarta-feira campeão de basquetebol depois de vencer o FC Porto no Dragão Caixa, no quinto e decisivo jogo da final do “play-off” da liga de basquetebol.

“Um leitor aproveitou um dos raros momentos de satisfação para ler o que outros lhe escreveram, o que em si mesmo já não é notícia”, começa o documento portista.

E prossegue: “Há pormenores que importa realçar, como o ‘orgulho, admiração e agradecimento’ pelos gestos e insultos de um seu funcionário, o que é elucidativo do carácter do leitor (…)”.

Parafraseando Filipe Vieira, quando disse, na homenagem à equipa campeã nacional de basquetebol, que “burros não são os que acreditam na mudança”, o texto dos “dragões” desfila o que considera serem momentos da actuação do presidente do Benfica em circunstâncias do clube.

“Burros são os que só tiram a cabeça da toca de vez em quando e que nunca são capazes de dar a cara nas repetidas derrotas”, refere o comunicado.

Com a mesma paráfrase, continua: “Burros são os que se deixam levar por textos a fingir de anjos e arcanjos, enquanto o passivo dos nove anos de gestão (…) galopou dos 83,9 para mais de 400 milhões de euros”.

O documento refere-se ainda à “inveja com os títulos nacionais e internacionais do FC Porto” e ao duelo desportivo entre os dois emblemas: “(…) Podem continuar a tentar ganhar eleições à nossa custa, mas continuam a ver o FC Porto ganhar um camião de títulos. E nem o camião nem os títulos são roubados”.

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