Ciência: o bioempreendedorismo também existe?

“Science dreams, challenges arise” quer debater temas como a utilização das células estaminais e os dilemas éticos que daí advêm. A 2 de Junho. As inscrições estão abertas até 23 de Maio

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A vontade de reduzir a distância entre a ciência e a comunidade académica e empresarial foi o motor da organização deste simpósio, por parte dos alunos de doutoramento em Biologia Experimental e Biomedicina da Universidade de Coimbra. “Achámos que, enquanto alunos de doutoramento, devemos ser mais proactivos e inovadores”, afirma João Ribas.

Mas não só. Os efeitos da crise e os cortes que traz por arrasto tornam premente “pensar em propostas alternativas de financiamento da ciência e na sua sustentabilidade”.

Por isso, o Science dreams, challenges arise gravita não só à volta dos assuntos que fervilham na comunidade científica no momento, como aborda o bioempreendedorismo, actividade que visa “perceber como o produto da ciência – o conhecimento -, pode trazer benesses às empresas”.

Daí que, explica João Ribas, “o primeiro ponto foi o contacto com as empresas para patrocinarem o nosso evento e logo aí apresentámos o que íamos fazer”. “Quisemos que elas se envolvessem neste processo”, sublinha.

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No simpósio, que irá decorrer a 2 de Junho no auditório Tomé Pires, na Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra, vão estar em foco tópicos cuja discussão se mediatizou recentemente, tais como a utilização das células estaminais e os dilemas éticos que daí advêm.

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“Provavelmente, daqui a 10 anos podemos utilizar as células estaminais em benefício das pessoas que as guardaram”. Além disso, “há pessoas que defendem que não se deve recorrer à eutanásia porque possivelmente daqui a dois ou três anos poderá haver uma vantagem médica”, acrescenta.

No programa do evento, cuja inscrição custa 10 euros e pode ser feita online até 23 de Maio, esta quarta-feira, à bioética e ao uso de células estaminais juntam-se as temáticas da neurociência e da medicina personalizada, um trunfo científico longe dos ouvidos do público, mas que já é uma prática corrente.

“Já se fazem diagnósticos com base na informação génica em muitos centros de genética, por exemplo, no Porto, no Centro de Genética Preditiva e Preventiva. É uma medicina personalizada porque estamos a ver qual o problema que (a pessoa) poderá desenvolver ou não e a actuar com base em informação que extraímos dela”, salienta João Ribas.

Para os que forem atrasados, há ainda a possibilidade de se inscrever de 24 a 26 de Maio mediante um pagamento adicional. O simpósio termina com uma mesa redonda sobre “Ciência Sustentável”.

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