Estudantes de Filosofia lançam manifesto para podermos pensar "as crises"

Núcleo de estudantes de Filosofia da Universidade da Beira Interior, chamado Sexto Empírico, lança manifesto para "mudar a realidade em que hoje vivemos"

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DR Sexto Empírico

Esta é uma carta aberta aos jovens portugueses. Nós, membros do núcleo de filosofia da Universidade da Beira Interior, Sexto Empírico, decidimos escrever este manifesto porque acreditamos na Filosofia como uma ferramenta para mudar a realidade em que hoje vivemos.

Contrariamos a ideia de que a Filosofia é uma disciplina para velhos, assim como a noção popular de que esta disciplina é feita apenas de teoria. No fundo, o que tem feito do núcleo de filosofia, Sexto Empírico, uma entidade viva e constantemente rejuvenescida, é a permanente negação, nem sempre pacífica, deste mesmo imaginário.

Defendemos pois que é em tempos como o que atravessamos hoje, no meio de todas estas crises (porque não há só uma crise!) e da inexistência de uma saída razoável, que a filosofia pode dar o seu crucial contributo, como sempre o deu ao longo destes tempos mais confusos, de modo a que, finalmente, possamos ver nem que seja uma “ténue luz ao fundo do túnel”.

Esta carta aberta está redigida em forma de provocação. Julgamos que coloca as questões certas, mas que ainda ninguém, ou poucos, teve a ousadia, o atrevimento, para as tornar públicas, quando a ousadia deveria, precisamente, ser apanágio de toda a forma de pensamento que se quer profundo e em conformidade com a prática.

Assim, este é o nosso contributo, de um núcleo universitário duplamente marginal. Marginal porque brota de um orgulho genuíno em pertencermos à mais novíssima geração de filósofos. Marginal porque emerge longe dos grandes centros urbanos de Portugal, numa pequena cidade do interior, na Beira Interior. 

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