UEFA pede ao Manchester City para confirmar queixa sobre alegados cânticos racistas no Dragão

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Balotelli queixou-se de insultos racistas Foto: José Manuel Ribeiro/Reuters

A UEFA pediu nesta segunda-feira ao Manchester City que formalize por escrito as suas denúncias sobre alegados cânticos abusivos, durante o encontro entre FC Porto e Manchester City, disse à Lusa uma fonte do gabinete de comunicação do organismo.

“Solicitámos hoje ao Manchester City que confirme por escrito as suas queixas, antes de decidir que passos daremos a seguir”, referiu a fonte, questionada pela agência Lusa.

Na sexta-feira, a UEFA confirmou que estava a analisar alegados cânticos abusivos durante o jogo da primeira mão dos 16 avos-de-final da Liga Europa, disputado na quinta-feira, no Estádio do Dragão, no Porto.

Na altura, fonte do gabinete de comunicação do organismo disse que o “Manchester City denunciou ao delegado da UEFA alegados cânticos abusivos dirigidos ao seu jogador Mario Balotelli e a UEFA vai analisar a questão e ver se há alguma prova disponível”.

Balotelli terá sido alvo de manifestações racistas quando foi substituído aos 77 minutos, por Kun Aguero, autor do golo da vitória do City sobre o FC Porto, por 2-1.

Após o encontro, o futebolista Yaya Touré, do Manchester City, disse “ter ouvido algo” vindo das bancadas durante o jogo.

“Ouvi qualquer coisa vinda das bancadas” afirmou o médio marfinense, que alegadamente também terá sido alvo de insultos racistas, acrescentando: “É por isso que gosto da liga inglesa, porque isto nunca acontece”.

O jogador acrescentou que “talvez em alguns países não esperem ver jogadores negros” e admitiu que “no futuro, as coisas vão mudar devido a uma abertura de mentalidades”.

O técnico dos “citizens”, Roberto Mancini, assegurou não ter “ouvido nada de estranho” por estar “concentrado no jogo”.

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