Attenberg

É como se a realizadora, Athina Rachel Tsangari, estivesse ainda à procura da sua linguagem, tal como o par de protagonistas de “Attenberg”: o “Katzelmacher” de Fassbinder por ali, um pedaço de Godard por aqui - tal como nos seus filmes Hal Hartley parecia “coreografar” sobre imagens anteriores de Jean-Luc. Não é grande coisa um filme lembrar Hal Hartley várias décadas depois, mas “Attenberg” parece sincero neste desfile de tentativas, na parada exploratória, na adolescência sentida, dolorosa, a latejar. E é qualquer coisa que vai passar. Como já terá passado a Giorgos Lanthimos, colega de Athina Rachel Tsangari (um produz os filmes do outro) que tem uma pequena participação como actor em “Attenberg” e é um cineasta que, depois da atitude confrontacional de “Canino”, deu um salto de adulto, para um edifício com algo de intimidante (“Alpeis”, 2011).

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