Sophia é o nome escolhido para os prémios de cinema português

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Academia Portuguesa pretende organizar a primeira gala já em 2012 João Matos

A Academia Portuguesa, presidida pelo produtor Paulo Trancoso, em assembleia-geral na segunda-feira escolheu o nome e aprovou o regulamento dos prémios, que serão entregues numa gala anual, devendo a primeira acontecer já em 2012, possivelmente em Abril ou Junho, dependendo do acordo que for alcançado com uma das estações de televisão para a transmissão da cerimónia. Os nomeados serão conhecidos no primeiro trimestre de 2012.

Segundo Paulo Trancoso explicou à Lusa, os prémios pretendem distinguir o cinema português em vinte categorias, como melhor filme, realizador, actor e actriz, banda sonora, fotografia, argumento original e adaptado, curta-metragem, documentário e filme estrangeiro.

Para o nome do galardão, Sophia destacou-se de entre várias opções iniciais, assim como Aurélio. Aurélio, em homenagem a Aurélio Paz dos Reis (1862-1931), primeiro cineasta português, mas também um “nome que consegue ter notoriedade só por si”, e Sophia, numa evocação da poetisa Sophia de Mello Breyner Andresen (1919-2004), mas também pela “sabedoria” que dá significado ao nome.

Sophia acabou assim por ser o nome escolhido.A ideia é evocar uma figura maior das artes portuguesas, da mesma forma que em Espanha existe o prémio Goya, atribuído anualmente pela Academia das Artes e Ciências Cinematográficas de Espanha, ou que em França são atribuídos os prémios César ou na Bélgica os prémios Magritte.

O produtor Paulo Trancoso foi eleito o primeiro presidente da direcção da Academia Portuguesa de Cinema.

A actriz e deputada Inês de Medeiros e o realizador e produtor Fernando Vendrell foram eleitos, respectivamente, presidentes da Assembleia Geral e Conselho Fiscal.

Como vice-presidentes foram eleitos a actriz Anabela Teixeira (direcção), a directora de casting Patrícia Vasconcelos (assembleia geral) e a actriz Dalila Carmo (conselho fiscal).

O objectivo da criação desta Academia é ajudar a impulsionar e defender a produção de cinema português e aproximá-la do público.

Numa altura difícil para o cinema português, que aguarda nova legislação, tem um fundo de financiamento (FICA) paralisado e deverá contar com redução de apoios por parte do Instituto do Cinema e Audiovisual, Paulo Trancoso sublinhou que “é preciso ajudar a pensar positivo num momento tão crítico”.