“Indignados” negam envolvimento em ataques informáticos

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Manifestação da última quinta-feira terminou com sete detenções e um polícia ficou ferido Miguel Manso

O movimento dos”indignados” veio mais uma vez repudiar a alegada repressão policial da última quinta-feira, que classifica como ilegal e criminosa. Com base em vídeos, muitos deles amadores, divulgados pela plataforma 15 de Outubro, o grupo reafirma a presença de “agentes infiltrados com acções provocatórias”, na manifestação de São Bento. As imagens mostram ainda acções de repressão policial em piquetes de greve da Carris e da Câmara Municipal de Oeiras.

“Fomos acusados em praça pública e agora vimos neste momento pedir que seja retratada essa situação”, afirmou o activista João Camargo, em reacção às declarações do ministro Miguel Macedo. O movimento classifica de “inverdades” as acusações de “provocação” tecidas pelo ministro. Para dar seguimento à contestação, o movimento tem já programada uma nova manifestação, com dia ainda a definir, para o final de Janeiro.

“Há necessidade de apurar responsabilidades”, acrescentou. O grupo mostrou-se insatisfeito com as averiguações que estão a ser feitas pela PSP, defendendo a abertura de um inquérito por parte da Procuradoria-Geral da República.

Em relação ao ataque, da autoria do grupo Lulzsec Portugal, aos computadores do MAI, o grupo rejeita qualquer hipótese de envolvimento. “Nunca defenderemos a divulgação de dados pessoais de ninguém. Não advogamos a ilegalidade, pelo contrário”, reiterou João Camargo. O ataque resultou na divulgação de dados pessoais de mais de uma centena de agentes da PSP, na noite de domingo.

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