Ronaldo: “Voto de Queiroz em Messi? Não me diz nada”

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“Deus não agradou a toda a gente. E eu vou agradar?" Sergio Perez/Reuters

É em Leo Messi e não em Cristiano Ronaldo que Carlos Queiroz, na condição de seleccionador do Irão, vai votar para melhor jogador do mundo. Mas o avançado português do Real Madrid não está nada preocupado com a opinão do ex-seleccionador de Portugal.

“Não me diz respeito. Ouço e tenho de lidar com as opiniões das outras pessoas, e isso não me diz nada, passa-me completamente ao lado”, diz Ronaldo, que recebeu nesta sexta-feira, pela segunda vez na sua carreira, o troféu Bota de Ouro, que premeia o melhor marcador do futebol europeu, igualando as duas distinções de Fernando Gomes e de Eusébio. À segunda vez que lhe fizeram a mesma pergunta, Ronaldo foi ainda mais sintético: "Excelente escolha."

Numa cerimónia realizada num hotel em Madrid, Ronaldo recebeu a distinção das mãos de Alfredo Di Stefano e de Eusébio por ter marcado 40 golos ao serviço do Real Madrid. "Para este prémio não dependi dos votos de ninguém", referiu.

“Sou português, este é um prémio para os portugueses, mas também para os meus companheiros de equipa, para a equipa técnica, o meu filho, a minha namorada, todos os que foram importantes no último ano”, salientou Ronaldo, que não sabe se voltará a receber este troféu, depois de antes o ter recebi em 2008, como jogador do Manchester United: “Nunca pensei atingir os números que atingi. É um prazer enorme receber a Bota de Ouro. Mas não sei se vou receber a terceira. Para já não penso nisso.”

Para o avançado português, os prémios individuais só fazem, no entanto, sentido se acompanharem as conquistas colectivas e no ano passado o Real pouco ganhou. “A época passada é passado. Temos de aproveitar o bom momento e este vai ser um ano à Real Madrid”, diz Ronaldo, que não se importa de ser contemporâneo de Messi: “É melhor e eu só sei competir com os melhores. Gosto de competir com o Leo e com os outros.”

Já perto do final da conferência de imprensa, Ronaldo voltou a dedicar o prémio aos que gostam dele e isso motivou a pergunta de um jornalista português, questionando-o por que razão divide as pessoas entre os que gostam e os que não gostam dele. “Deus não agradou a toda a gente. E eu vou agradar? Longe disso”, foi a resposta.

Notícia actualizada às 16h34
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