DFA: Dez felizes anos (parte 2)

No 10.º aniversário da DFA, o Bodyspace escolheu os dez discos da editora que mais marcaram a última década. Até sexta o P3 apresenta aperitivos da lista completa

Foto
Hercules and Love Affair

A 4 de Novembro, no Lux, a DFA, editora criada por James Murphy dos LCD Soundystem, comemora estes dez felizes anos. Confirmados estão o próprio Murphy, Nancy Whang (teclista dos LCD Soundsystem), Alexis Taylor (Hot Chip) e os Shit Robot. A lista continua até sexta.

Hercules and Love Affair - "Hercules and Love Affair" (2008)

O que é o melhor a seguir a uma noite de arromba? Outra. E isto passou-se em 2008. No ano anterior, os LCD Soundsystem editaram o segundo disco de estúdio, "Sound Of Silver", uma autêntica obra-prima no seio de uma editora que é conhecida, pelo menos, por saber fazer dançar. A questão era precisamente saber como dar seguimento a um enorme sucesso. A DFA, que não sabe o que é o risco, lançava os Hercules and Love Affair, um projecto com a colaboração, entre outros, de Antony Hegarty, dos Antony and The Johnsons, ganhando claramente a jogada de "all in". Nesse ano, que outra faixa senão "Blind" rodou noite sim, noite sim? (...) Simão Martins


Delia Gonzalez e Gavin Russom - "The Days of Mars" (2005) 

A 10 de Outubro de 2005, a DFA lançou uma arca de Noé cósmica com representantes dos dois sexos no cockpit. Do lado masculino, o barbudo Gavin, um dia vizinho e colaborador de Brian Chippendale dos Lightning Bolt, músico de tourné de LCD Soundsystem, "The Wizard" como é conhecido, ele próprio fabricante de instrumentos analógicos, com clientes desde o patrão James Murphy a Tim Goldsworthy (UNKLE) ou Bjorn Copeland (Black Dice). Do lado feminino, a enigmática "performer" e "sound sculptor" Delia Gonzalez, homónima da mítica Delia Derbyshire, marco incontornável da história da música electrónica mundial. (...) Nuno Leal

The Rapture - "In The Grace Of Your Love" (2011)

Pai: "How Deep Is Your Love?". Uma linha de piano repetida, um "beat" 4/4, um saxofone. Groove a rodos para fazer saltar, dançar, de braço no ar, a rir ou a chorar (de alegria). Uma voz amargurada a falar-nos de amor. E está criada uma canção colossal para ouvir durante muito, muito tempo. Fosse isto 1986 e os Rapture teriam aqui uma coisa para figurar na história da pop, para ser um hino house ao lado da "Move Your Body" de Marshall Jefferson. Assim têm de se contentar em ser só a melhor malha de 2011. Que chatice. Filho: "Come Back To Me". Tem sido alvo de escárnio e maldizer (talvez por soar a uma "Heater" hipster), mas a verdade é que é o segundo melhor tema de "In The Grace Of Your Love", um disco cheio de grandes coisas. Se todas as festas de todas as terriolas a adoptassem nos PAs ao lado de morenas do kuduro e quejandos os churros saberiam melhor. Espírito Santo: todo o disco, de "Sail Away" até ao fecho Commodoresiano de "It Takes Time To Be A Man". (...) Paulo Cecílio

Lê o artigo completo no Bodyspace.

Sugerir correcção
Comentar