Benfica ultrapassa a Académica e retira pressão do jogo no Dragão

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Nolito bisou no jogo contra a Académica José Manuel Ribeiro/Reuters

O Benfica estará na sexta-feira no Dragão em igualdade pontual com o FC Porto. Neste domingo, os “encarnados” souberam aproveitar o deslize dos campeões nacionais e anularam a vantagem do adversário na Liga e parte da pressão que envolvia o clássico. Mas não foi fácil. A Académica obrigou a equipa lisboeta a suar, apesar do enganador 4-1 final.

A primeira parte do encontro não ficou nada a perder em termos de espectáculo e emoção à partida de quarta-feira com o Manchester United, para a Liga dos Campeões (1-1). A equipa de Coimbra entrou no relvado lisboeta com vontade de discutir em pé de igualdade o resultado e justificar o excelente arranque de campeonato que está a protagonizar com Pedro Emanuel ao leme.

Os visitantes procuraram travar a euforia inicial, que começou logo nas bancadas, com a confirmação do empate do FC Porto com o Feirense (0-0). Restava saber se as quatro mexidas de Jorge Jesus no “onze” titular, poupando alguns jogadores (particularmente Javi García, Gaitán e Aimar) para o embate com o campeão nacional, teriam consequências negativas.

Mas não. O Benfica pressionou, criando um caudal atacante volumoso, por vezes demasiado ansioso. Tal possibilitava, aqui e ali, espaços à Académica para os seus beliscões ofensivos. E que causavam vermelhões no corpo, como aos 18’, quando Danilo perfeitamente isolado se deslumbrou com Artur, desperdiçando um golo que todos pareciam já ter antecipado.

Os “encarnados” acusaram o susto e encostaram a Briosa às cordas. Sucederam-se as tentativas, até Bruno César, aos 26’, ter tirado um adversário da frente e aberto as redes de um inspirado Peiser.

A equipa da casa continuou a dominar, mas pouco mais. A Académica pareceu abatida, só que reemergiu com estrondo, aos 40’: uma grande jogada de Sissoko, novamente a isolar Danilo que, desta vez, não foi envergonhado. E durante um minuto pairou o espectro do empate na Luz. Até um inconformado Nolito repor a vantagem “encarnada”.

O espírito de luta das duas equipas manteve-se após o reatamento, mas o futebol praticado caiu a pique. A emoção continuava a sobrar para os dois lados. Tanto que, aos 71’, Jesus, longe de dar a partida como vencida e face à falta de resignação do adversário, não arriscou e fez entrar Aimar e Gaitán.E bem a tempo. Dez minutos depois o primeiro “reforço” aproveitou um erro colectivo da defesa academista para confirmar os três pontos. O golo de Nolito em cima dos 90’ só tornou o resultado numa goleada algo injusta para o visitante.

POSITIVONolito

Depois de um curto jejum de golos, o extremo espanhol voltou à carga, com mais dois golos. Voltou à titularidade e a fazer um bom jogo.


Sissoko e Danilo

Foram os melhores jogadores da Académica e o primeiro fez uma exibição de grande nível.


Jorge Jesus

Não comprometeu a oportunidade e não facilitou, chamando alguns dos jogadores que quereria poupar mesmo em vantagem no marcador.


NEGATIVOSaviola

Depois de Cardozo, a antipatia dos adeptos do Benfica começa agora a focar-se no avançado argentino. Ontem fez uma exibição fraquinha.


Ficha de Jogo

Benfica, 4


Académica, 1


Jogo no Estádio da Luz, em Lisboa.Assistência 32.191 espectadores.

Benfica

Artur, Maxi Pereira, Luisão, Garay, Emerson, Matic, Nolito, Witsel, Bruno César (Aimar, 71’), Saviola (Gaitán, 71’) e Cardozo (Rodrigo, 85’). Treinador Jorge Jesus

Académica

Peiser, Cédric, João Real, Abdoulaye, Nivaldo, Habib (Marinho, 75), Adrien Silva, Danilo (Júlio César, 87), Sissoko, Éder e Diogo Valente (Rui Miguel, 66). Treinador Pedro Emanuel

Árbitro

Vasco Santos, do Porto.

Amarelos

Habib (6’), Bruno César (9’), Adrien Silva (64’), Nolito (74’) e Maxi Pereira (77’).

Golos

1-0, por Bruno César, aos 26’; 1-1, por Danilo, aos 40’; 2-1, por Nolito, aos 41’; 3-1, por Aimar, aos 82’ e 4-1, por Nolito, aos 90+1’.

Notícia actualizada às 23h12
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