Renault 4L nasceu há 50 anos

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Um exemplar da Renault L4 produzido nos anos 1960, em exposição no Salon Retromobile, em Paris, em Fevereiro de 2011 Lionel Bonaventure/ AFP

O desafio, ambicioso, fora lançado, no início de 1956, pelo então presidente da Renault, Pierre Dreyfus: desenhar um carro “para toda a gente”. Teria de ser um carro de família, apelativo para as mulheres, útil aos agricultores, vocacionado para a vida urbana. E, claro, económico e acessível.

Cinco anos depois, este caderno de encargos concretizou-se num dos modelos mais icónicos da história do automóvel: a Renault 4L. Em Portugal, usa-se o artigo no género feminino porque a sua vocação foi, durante muito tempo, claramente a de uma viatura de trabalho, nomeadamente na agricultura.

De mecânica simples e muito fiável, espaço de carga generoso, a 4L transformou-se na carrinha dos agricultores, ao mesmo tempo que garantia transporte para a família ao fim-de-semana.

Até cessar a produção, em 1992, a Renault fabricou e vendeu mais de oito milhões de 4L – uma marca só superada em toda a história do automóvel pelo VW Carocha e pelo Ford T.

Era um carro revolucionário: primeiro Renault de tracção dianteira, dispunha de suspensão independente às quatro rodas e a carroçaria apostava no formato hatch-back (ou seja, sem terceiro volume: o habitáculo prolongava-se até à porta da bagageira).

As 4L continuam a circular pelas estradas do mundo e em Portugal ainda há centenas (talvez milhares) em plena forma, muitas delas ao serviço de entidades oficiais.

Ganharam o estatuto de clássico e continuam a ter uma imensa legião de fiéis. Parabéns!

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