Panda do Kung Fu 2

Por uma vez (embora não seja um caso único), aqui está uma sequela que se eleva acima do original. Não sabemos se as novas aventuras do panda desajeitado transformado em mestre do kung fu (aqui enfrentando um vilão pavão disposto a acabar de vez com o kung fu) são melhores graças à presença de Guillermo del Toro (creditado como consultor criativo), ou apenas devido a uma narrativa mais sólida do que é habitual nas produções da Dreamworks.


Esse sucesso passa, definitivamente, pelo requinte luxuoso de uma animação cuidadíssima que descola literalmente para momentos de beleza e dinamismo gráficos inspiradíssimos (convirá não perder a abertura em falsa animação de recortes) - e não tem, de certeza, nada a ver com o 3D, que não adianta nem atrasa. Não estamos, esclareça-se, ainda ao nível dos mestres da Pixar; mas desde o longínquo "Shrek" original que a Dreamworks não acertava tanto no equilíbrio entre humor e narrativa (recordando os velhos filmes de Jackie Chan). Depois de "Rio", "O Panda do Kung Fu 2" é a segunda animação do ano a merecer honras de recomendação sem reservas.

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