A aventura de dois jovens portugueses pela Londres real

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Os bairros londrinos celebram o casamento real Russell Cheyne/Reuters

Desafiamos dois jovens portugueses que vivem em Londres, Francisca de Souto Moura (24 anos) e Alexander Bos (25 anos), a percorrerem as festas que os ingleses organizaram em vários bairros da cidade para ver o casamento real. Esta é a crónica do dia que os dois escreveram para o PÚBLICO online.

No dia em que o imaginário da classe média se tornou realidade (a rapariga comum casa com o seu príncipe) nos aventuramos por Londres um pouco apreensivos com o que iríamos encontrar. Surpreendidos, viemos a descobrir que todos os bairros londrinos estavam a celebrar esta ocasião nacional, cada um à sua maneira! Londres pode ser uma cidade cosmopolita com várias nacionalidades, etnias e culturas, mas hoje, reuniram-se todos pela mesma celebração.

O novo Duque e Duquesa de Cambridge deram ao país não só uma razão para festejar a monarquia mas também para rir, chorar, comer e dançar. Digam lá o que disserem dos ingleses serem frios, eles sim é que se sabem divertir! Depois de passar pela estação de metro de Westminster, que já se encontrava fechada às 8.15 dada a quantidade de pessoas à volta da abadia, nos deslocamos para o este de Londres.

Começámos a manhã numa fila gigantesca, onde milhares de anti-monárquicos desejosos de entrar na festa mais "hipster" do dia, se juntaram. Depois de longa espera, entramos numa street party de cerca de trinta metros de comprimento.

Passámos depois pelo sul de Londres, onde os piqueniques e o acampamento the Royal Camp pareciam mais um cenário de um festival inglês de música mas hoje o público eram famílias inteiras. Daí fomos para uma festa de rua mais étnica em Battersea, uma mistura de um carnaval internacional com uma festa dos santos populares de Lisboa. E por fim acabamos em West London onde os ingleses mais posh" se abasteciam de champanhe na Duke of York Square em Chelsea. E aqui, encontramos uma tenda a vender produtos portugueses - azeite, charcutaria, entre outras coisas.

Começámos a nossa aventura do dia, que foi decretado feriado nacional, a achar que as festas seriam apenas mais um pretexto para beber. Enganamo-nos. Não importa o bairro, a classe social, a nacionalidade, a raça, o credo, todos que encontramos nesta sexta-feira sentiam um imenso orgulho.

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