DCIAP acusou “etarras” da casa de Óbidos

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Casa em Óbidos onde operacao da GNR descobriu explosivos de membros da ETA Miguel Manso (arquivo)

Dois alegados membros da ETA, organização terrorista basca, Andoni Zengotitabengoa Fernandez e Oier Gomez Mielgo, foram acusados de 13 crimes com vista à prática de terrorismo, segundo o despacho final do processo pendente no DCIAP, relacionado com a descoberta em Óbidos de uma moradia onde seriam fabricados engenhos explosivos.

Segundo as autoridades antiterroristas de Espanha, um dos engenho que estaria a ser produzido em Óbidos iria ser usado num atentado terrorista, visando uma torre de Madrid, através de um carro-bomba. Ambos os arguidos estariam em Portugal há cerca de três anos e, além da moradia de Óbidos, viveram na zona da Lousã, onde arrendaram uma casa, em finais de 2008

O tribunal competente é o das Caldas da Rainha, mas o processo deverá ser reclamado pela Audiência Nacional de Madrid, assim como a entrega a Espanha de Andoni Zengotitabengoa Fernandez. Este arguido está em prisão preventiva, desde 12 de Março de 2010, após ter sido detido pela Unidade Nacional de Combate ao Terrorismo (UNCT) da Polícia Judiciária, quando se preparava para embarcar rumo à Venezuela, no Aeroporto da Portela, em Lisboa.

A remessa do processo e dos arguidos para Madrid não será de excluir, uma vez que as autoridades espanholas já viram deferida a sua pretensão para julgarem na Audiência Nacional o casal de alegados militantes da Eta, Garikoitz Garcia Arrieta e Iratxe Yañez, que foram detidos pela GNR de Moncorvo, em 9 de Janeiro de 2010. Garikoitz conduzia uma viatura da Guardiã Civil de que se apoderou, após ter sido mandado parar por agentes da Guardia Civil de Bermilho de Sayago, Espanha.

Quando os agentes se preparavam para revistar a viatura, Garikoitz fechou-os no interior da viatura, pondo-se em fuga no carro patrulha da GC. Este veículo tinha GPS o que contribuiu para a rápida localização da viatura, que entrou em território de Portugal, através da barragem da Bemposta. O carro que prestava apoio à viatura conduzida por Garikoitz, era guiado por Iratxe Yañez, que também seria interceptada pela GNR.

Treze crimes

A acusação subscrita por dois procuradores do DCIAP imputa aos arguidos 13 crimes: dois de furto qualificado com vista à prática de terrorismo; dois crimes de falsificação com vista à prática de terrorismo; sete crimes de falsificação com vista à prática de terrorismo; um crime de detenção de arma proibida com vista à prática de terrorismo e outro de resistência e coacção sobre funcionário.

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