POSITIVO e NEGATIVO

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Rolando
Boa exibição do central portista, bem a defender e eficaz no ataque, tendo inaugurado o marcador. Helton foi importante após o golo do empate do Sevilha.

Kanouté
Deu esperança aos adeptos da casa quando fez o empate e ainda teve oportunidade de colocar o Sevilha em vantagem. Medel também fez uma boa exibição.

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Sevilha
O nervosismo tolheu a equipa de Manzano, nomeadamente na primeira parte. Na segunda, o técnico só pode queixar-se das oportunidades desperdiçadas.

Hulk
Esteve bem na primeira parte, mas foi baixando de rendimento e quase desapareceu da partida.

Árbitro
Craig Thomson foi muito contestado. E com razão. Por vezes, complicou o que era aparentemente simples.

Missão cumprida em Sevilha para ser confirmada no Porto

Foto
Helton mostrou-se sempre seguro na baliza DR

O FC Porto concluiu com sucesso a primeira etapa da sua semana europeia. Os “dragões” venceram em Sevilha por 2-1, na primeira mão dos 16 avos-de-final da Liga Europa, com golos de Rolando e Guarín. Agora, a equipa de André Villas-Boas tem alguns dias para se concentrar na segunda partida, em casa, pois já disputou o jogo da 20.ª jornada e não tem compromissos este fim-de-semana.

Os “dragões” entraram bem na partida, com uma pressão muito alta, jogando com o nervosismo do Sevilha e praticamente não deixando o adversário construir jogo. O avançado Falcao não entrou nas contas de André Villas-Boas – não se sentou sequer no banco de suplentes – e assim o técnico construiu o seu tridente atacante com Hulk, Varela e James Rodríguez. Na defesa, foi Fucile a ocupar a lateral esquerda.

O clube andaluz vive uma fase descendente após a glória europeia (venceu a Taça UEFA em 2006 e 2007, ano em que também conquistou a Supertaça europeia). Tudo começou com o afastamento nos play-off de acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões, frente ao Sporting de Braga. Eliminado na Taça do Rei pelo Real Madrid de José Mourinho e oitavo classificado no campeonato – com a terceira pior defesa da Liga espanhola – resta ao Sevilha a Liga Europa para salvar a temporada.

O sentimento de desânimo é perceptível. À hora de almoço, num restaurante discreto no centro histórico de Sevilha, quatro operários conversavam: “Com quem joga logo o Sevilha?”, perguntou um. “Oporto”, respondeu outro. “- UEFA? - Sim”. E deixaram-se ficar os quatro em silêncio.

Porém, antes do início da partida havia um grande ambiente no Sánchez Pizjuán. Mesmo sem encherem o estádio, os adeptos da casa demonstraram a sua fé e, ao mesmo tempo, o sentido de urgência de que se revestia o jogo.

Apesar de rondar com insistência a área adversária, o FC Porto não conseguia traduzir essa superioridade em situações de golo. Por fim, aos 24’, os “dragões” estiveram perto de inaugurar o marcador. Na sequência de um canto, Palop afastou mal a bola e James Rodríguez rematou à entrada da área, com Gary Medel a evitar, de cabeça, o que seria o primeiro golo.

Espicaçado, o Sevilha foi melhorando, embora muitas vezes a pressa redundasse em precipitação. Kanouté (30’) e Navas (37’) protagonizaram os lances de maior perigo para os anfitriões. O Sevilha, que é mais perigoso nos minutos finais da primeira parte (oito dos seus dez golos na fase de grupos da Liga Europa foram marcados entre os 30’ e os 45’) não fez jus à estatística.

Os golos estavam reservados para a segunda parte, que começou confusa e esteve interrompida durante alguns minutos por desentendimentos entre os jogadores, com o árbitro a ser inábil na gestão. Aos 58’, o FC Porto adiantou-se por intermédio de Rolando, que desviou na pequena área um livre cobrado por James Rodríguez, num lance muito contestado pelos adeptos da casa. Porém, a reacção do Sevilha não se fez esperar e, na sequência de um livre de Rakitic, Kanouté saltou 
mais alto que os defesas e restabeleceu o empate (65’).

A equipa de Gregorio Manzano melhorou significativamente, enquanto o FC Porto recuou e apostou no contra-ataque. Após uma fase de maior aperto, com o Sevilha a criar perigo, os “dragões” retiraram dividendos dessa aposta. Medel perdeu a bola para Cristián Rodríguez, que a levou até à área. Palop interveio mas a bola sobrou para Guarín, que atirou para o fundo da baliza.

O Sevilha voltou a perder (leva quatro derrotas nos últimos seis jogos em todas as provas) e não conseguiu sacudir a crise. O FC Porto foi eficaz e somou mais uma vitória que o coloca em boa situação para seguir em frente na Liga Europa. E para acentuar a depressão que assola a Andaluzia.

Ficha de jogo

Sevilha,


1

FC Porto,


2

Jogo no Estádio Sánchez Pizjuán, em Sevilha. Assistência
Cerca de 25.000 espectadores.

Sevilha

Palop 5, Cáceres 6, Sanchez 5, Fazio 5, Fernando Navarro 5, Rakitic 6 (Romaric -, 74’), Medel 6, Navas 6, Perotti 6 (Diego Capel -, 86’), Luís Fabiano 5 (Negredo -, 75’) e Kanouté 6.

Treinador

Gregorio Manzano.

FC Porto

Helton 8, Sapunaru 7, Rolando 8, Otamendi 6, Fucile 7, Fernando 7, João Moutinho 7, Varela 6 (Guarín 7, 69’), Belluschi 7 (Álvaro Pereira -, 86’), James Rodríguez 6 (Cristian Rodríguez 6, 59’) e Hulk 6.

Treinador

André Villas-Boas.

Árbitro

Craig Thomson 4, da Escócia.

Amarelos

James Rodríguez (24’), Cáceres (53’), João Moutinho (53’), Perotti (53’) e Guarín (88’).

Golos

0-1, por Rolando, aos 58’; 1-1, por Kanouté, aos 66’; 1-2, por Guarín, aos 85’.

Notícia actualizada às 23h01

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